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Bolsonaro diz que acordo com PL inclui candidatura de Tarcísio em São Paulo

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Alan Santos/PR
Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

24/11/2021 22h58

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que o acordo de sua filiação com o PL envolveu a indicação de apoio à candidatura do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao governo do estado de São Paulo, no pleito do ano que vem.

"Tenho uma relação muito boa com o Valdemar [Costa Neto]. Não conversei com o Valdemar por telefone, não houve troca de acusações, nenhuma, zero. Só houve troca de 'zap' [mensagens, via WhatsApp]. Decidimos não me filiar no [último dia] 22, porque faltava a a gente acertar meia dúzia de estados, dentre eles, São Paulo. E o Valdemar tem lá uma negociação com o vice do Doria [Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes]", iniciou Bolsonaro, durante entrevista ao canal ISTV, de Guarujá (SP).

O PL integra a base do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e havia se comprometido a apoiar Garcia na disputa pela sua sucessão, em 2022.

"Eu falei 'Valdemar, o estado que tem maior densidade eleitoral do país...' Eu tenho um possível candidato a governador por São Paulo, que está fora desse espectro. Eu falei 'se a gente não acertar isso daí, esse casamento [filiação] não vai dar certo'. Então ficou a indicação de um nome nosso para o governo de São Paulo", acrescentou.

O repórter então quis saber se esse candidato seria o ministro Tarcísio. "Parece que é ele. Parece que você acertou o nome", respondeu, rindo.

O evento de filiação ao PL acontece a partir das 10h30, nas dependências do Complexo 21, em Brasília. O acerto ocorreu ontem após reunião entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto.

Antes disso, no entanto, Bolsonaro e o presidente nacional do partido haviam tido "uma acalorada troca de mensagens".

Histórico de conflitos

Desde que deixou o PSL, em 2019, após desentendimentos com a cúpula da sigla, Bolsonaro tentou criar o Aliança Pelo Brasil, mas o projeto acabou não saindo do papel a tempo. Bolsonaro também chegou a discutir seu retorno ao Progressistas (PP), partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, pelo qual Bolsonaro foi deputado de 2005 a 2016.

"Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. O PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa", relatou o presidente em julho.

Para evitar brigas entre partidos aliados ao seu governo, Bolsonaro informou Ciro Nogueira de sua decisão de se filiar ao PL antes de dar o "sim" a Valdemar Costa Neto.