Michelle Bolsonaro comemora Mendonça no STF: 'Foi Deus quem te escolheu'
A primeira-dama Michelle Bolsonaro comemorou hoje a aprovação de André Mendonça para a vaga em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, que passou por uma sabatina de mais de oito horas, será o segundo ministro da Corte indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O filho do chefe do Executivo Eduardo Bolsonaro também comemorou a aprovação de Mendonça.
Em post nas redes sociais, Michelle escreveu que "Deus cumpriu o que prometeu" e que ninguém poderia impedir que Mendonça assumisse o posto no STF. "Foi Deus quem te escolheu, meu irmão. Seja forte e corajoso".
Nas imagens, Michelle também aparece rezando e abraçando Mendonça.
Na véspera da sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o presidente Bolsonaro ofereceu um jantar para Mendonça no Palácio da Alvorada. No evento, que reuniu mais de 100 pessoas em ambiente fechado e sem o uso de máscara, a primeira-dama Michelle chorou ao encontrar Mendonça e o abraçar.
Ela chegou de surpresa no jantar, segundo informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Eduardo Bolsonaro também comemora
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também comemorou hoje a aprovação do nome de Mendonça e citou que isso seria um "grande passo para os evangélicos".
"'Um pequeno passo para um homem, mas um grande para os evangélicos'. Parabéns Ministro @AmendoncaAGU por não fazer igual a outros que escondem como pensam, para apenas se mostrarem quando assumirem seus cargos. Ao Justo nada escapa", escreveu o filho do presidente no Twitter.
Mendonça defendeu estado laico em sabatina
Durante sua sabatina no Senado, o futuro ministro do STF fez acenos à classe política e tentou se descolar da imagem de "terrivelmente evangélico". Na série de perguntas dos congressistas, Mendonça evitou criticar falas e decisões do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas buscou distanciamento de posições adotadas pelo presidente.
Apoiado por líderes evangélicos, Mendonça se comprometeu a defender o Estado laico e contrariou Bolsonaro ao afirmar que não fará orações semanais no STF, como pediu o presidente. O ex-ministro disse "não haver espaço" para manifestações religiosas durante as sessões do tribunal.
"Eu me comprometo com o Estado laico. Considerando discussões havidas em função de minha condição religiosa, faço importante ressaltar minha defesa do Estado laico", afirmou. "Na vida, a Bíblia. No Supremo, a Constituição", completou.
Diante da fala do presidente sobre orações, até expliquei a ele: não há espaço para manifestação pública religiosa durante uma sessão no STF. O que não significa que antes de iniciar uma refeição ou essa sessão eu não tenha feito minha oração individual, que é também silenciosa e compreendendo a separação entre atuação pública e religiosa".
André Mendonça, postulante a uma vaga no STF
Indicado ao cargo em julho, Mendonça foi aprovado depois de mais de quatro meses de espera, devido à resistência do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ, em agendar a sabatina. O futuro ministro deve tomar posse do cargo ainda neste ano e acabar com o desfalque no STF, que passou todo o semestre com apenas 10 integrantes.
Mendonça foi aprovado com a margem mais apertada entre todos os atuais ministros do STF. Os 32 votos contrários que teve superaram as 27 rejeições que teve o ministro Edson Fachin, recordista anterior no quesito, em 2015, quando foi sabatinado.
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