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Kassab: Sinto que muitos têm vontade de que o casamento Lula-Alckmin ocorra

Do UOL, em São Paulo*

21/12/2021 12h32Atualizada em 21/12/2021 13h22

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse hoje, em entrevista ao UOL News, que muitos atores envolvidos na política desejam que o "casamento" entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) aconteça nas eleições de 2022.

Eu acho que tanto o Alckmin quanto o Lula vão analisar nas próximas semanas a conveniência desse casamento. Eu acho que eles estão analisando, eles devem estar muito conscientes dos pontos a favor e contra. Essa análise será feita com muito critério, muito cuidado, porém, eu sinto que há muita confiança, muita vontade, de muitos atores envolvidos com essa candidatura de que esse casamento saia.
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, no UOL News

Kassab negou os boatos de que Alckmin poderia se filiar ao PSD para ser vice na chapa com Lula e voltou a afirmar que o candidato do partido ao Planalto em 2022 será o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em setembro, também em entrevista ao UOL News, Kassab afirmou que o partido apoiaria uma possível candidatura de Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo nas eleições do ano que vem. À época, ele já não havia confirmado a ida do ex-governador paulista para sua legenda.

"Nós caminhamos para ter candidato próprio. O candidato escolhido é aquele que eu e o partido entendemos como referência na renovação da política brasileira. Ele é jovem, muito bem preparado, ocupou diversos cargos, o Rodrigo Pacheco, na Câmara dos Deputados, no Senado, hoje é chefe do Congresso. A presidência do Congresso é um cargo de muitas responsabilidades."

E continuou: "Estamos muito tranquilos com o candidato que estamos apresentando. Não tem plano B. É o Rodrigo Pacheco, ele será o nosso candidato e não teremos aliança no primeiro turno".

O político ainda comentou que o nome de Alckmin era uma das opções do partido para sair como governador de São Paulo pela sigla, mas que o ex-PSDB agora "está fazendo uma mudança dos planos e dando uma atenção maior para o projeto de ser vice". Por isso, neste momento, o PSD estuda um novo nome para disputar uma candidatura própria do partido ao cargo.

Para o presidente nacional do PSD é um absurdo que partidos sejam criados para apoiar outras siglas ainda no primeiro turno. O político ainda criticou às coligações partidárias. "Apoio é para o segundo turno. No segundo turno você apoia o candidato de outro partido", disparou.

Jantar com Lula e Alckmin

Questionado pela apresentadora Fabíola Cidral, Kassab brincou e comentou que o cardápio do jantar entre Lula e Alckmin, ocorrido no final de semana, tinha "batatinha estufada e uma carne bem saborosa".

Segundo Kassab, o evento foi um encontro de um grupo de advogados brasileiros importantes, mas também "uma homenagem ao ex-presidente".

Além disso, o presidente do PSD afirmou que na ocasião havia políticos "bastantes animados" em fortalecer a pré-candidatura de Lula ao Planalto.

Eu também fui. Chegando, dei um abraço no ex-presidente Lula, desejei Feliz Natal e Feliz Ano-Novo. Ele me apresentou a sua noiva, que eu não conhecia, e fui jantar na mesa ao lado. Após o jantar eu deixei o restaurante, muito tranquilo. Mas, evidente, se tratou também em uma parte da reunião de algo voltado para a candidatura do presidente Lula. Neste momento, eu não participei até porque o meu partido terá a candidatura do Rodrigo Pacheco.
Gilberto Kassab sobre jantar o Lula-Alckmin

Ontem, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas que realizou o jantar reunindo o ex-presidente e o ex-governador de São Paulo, disse que o encontro foi uma "aula enorme de democracia".