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Botelho: Bolsonaro vive em uma live e tenta manter sua 'base acéfala' ativa

Do UOL, em São Paulo

12/01/2022 13h15Atualizada em 12/01/2022 14h10

O advogado e colunista do UOL Augusto de Arruda Botelho criticou, durante o UOL News, a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL), proferida na manhã de hoje, em que ele sugeriu que a variante ômicron do coronavírus, que tem gerado um aumento de infecções e da procura por testes de covid-19 no país, é "bem-vinda" e pode sinalizar o fim da pandemia.

Bolsonaro faz, como faz reiteradamente, uma campanha eleitoral antecipada, agora nem tão antecipada porque agora já estamos em 2022 e ele faz isso para a sua base desde o primeiro momento em que foi eleito. Bolsonaro vive uma grande live, um grande palanque eleitoral tentando manter ativa a sua base completamente, hoje, acéfala porque é comprovadamente anticiência, negacionista.
Augusto de Arruda Botelho no UOL News

Para Botelho, o fim do governo Bolsonaro ficará marcado por vários pontos negativos sendo o principal deles: "a falta de cuidado com a vida", demonstrada pelo chefe do Executivo diversas vezes ao longo de seu mandato.

O colunista declarou, antecipando o conteúdo que sairá na sua coluna de amanhã, que o atraso no início da vacinação infantil é um "jogo de cena" do atual mandatário, pois ele já sabe que a ciência e os órgãos regulatórios internacionais e nacional já aprovaram a aplicação do imunizante nessa faixa etária.

Em 16 de dezembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação do imunizante da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

"Ele faz esse jogo de cena [com a vacinação infantil], primeiro com uma consulta pública, depois a prescrição médica, autorização de pais, porque, na verdade, o que ele quer é manter uma pseudopolêmica dentro da sua militância, da sua base de apoio, para tentar conseguir ainda resgatar ou manter um voto ou outro. Bolsonaro faz política, inclusive com a vida, e dessa vez faz política com a vida de crianças. É, assim, o pior presidente da nossa história", finalizou.

*Com informações do Estadão Conteúdo