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Temer diz que, se Bolsonaro tivesse combatido a pandemia, seria reeleito

Michel Temer transmite a faixa presidencial para Jair Messias Bolsonaro - Pedro Ladeira/Folhapress
Michel Temer transmite a faixa presidencial para Jair Messias Bolsonaro Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em Brasília

13/01/2022 18h05Atualizada em 13/01/2022 20h28

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que, se o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) tivesse unificado o enfrentamento da pandemia da covid-19, ele teria uma reeleição certa em 2022.

"Se logo no início ele tivesse ido atrás de combater a pandemia com os estados e partidos, hoje ninguém tiraria a eleição dele", falou Temer em entrevista à CNN.

Na análise do ex-presidente, a postura de Bolsonaro contra a vacina da covid-19, especialmente para crianças, mostra falta de "raciocínio pragmático" de buscar votos além da sua base de apoio.

"O que ele tem feito é afastar aqueles que são a favor da vacinação, que tem se mostrado importante. Foi um equívoco do presidente combater a vacina", disse.

"Levar eleição em primeiro turno não é fácil"

Sem dizer o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Temer alertou que "levar [eleição] no primeiro turno não é fácil". O emedebista também disse ser muito cedo para acreditar que pesquisas de intenção equivalem à vitória do pleito.

"Ao longo da campanha vão surgindo tantas objeções, não sei se o candidato hoje com 40% se mantém nesse patamar", disse. Ontem, uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que Lula está com 45% das intenções de voto.

Bolsonaro aparece em segundo, com 23%, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), com 9%, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 5%, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 3%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 1%.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e Luiz Felipe D'Ávila (Novo) não pontuaram.

"Com o país dividido como está, em grupo Lula, Bolsonaro e terceira via, é difícil ter eleição em primeiro turno", reforçou.

Perguntado se já chegou a conversar com Lula sobre as eleições de 2022, Temer afirmou ter sido contatado por um intermediário, mas que apoia integralmente a pré-candidata de seu partido, Simone Tebet.