Topo

Randolfe: Encerrar CPI foi erro de análise; governo não entrou nos eixos

Colaboração para o UOL

03/02/2022 18h34

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu hoje, em entrevista ao UOL News, a instauração de uma nova CPI (Comissão parlamentar de inquérito) da Covid. Na avaliação dele, foi um "erro de análise" encerrar com a comissão passada.

Durante a conversa, o senador disse que já tem 14 assinaturas para a abertura de uma nova CPI, e que vão tentar na semana que vem alcançar as 27 necessárias.

"Acho hoje que foi um erro ter encerrado a CPI anterior porque imaginávamos que após a CPI era possível o governo entrar nos eixos. Mas foi um erro de análise nosso, porque esse governo é um delinquente contumaz. Ele insiste nos crimes sanitários", argumentou.

Randolfe, que foi o vice-presidente da CPI da Covid, disse ainda que a delinquência tem continuação se não houver uma ação do Estado em contê-la.

"Na omissão do Estado, que deveria ter esse papel, o Ministério Público, quem foi que cumpriu no ano passado? Uma CPI no Senado Federal. Se uma instituição se omite, outra, a nossa, o Congresso Nacional, tem que cumprir o seu papel."

Resultado da comissão

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi apontado no relatório final da CPI da Covid como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia de coronavírus, que matou mais de 600 mil pessoas no Brasil.

Ainda nesta semana, A PF (Polícia Federal) concluiu que o presidente não cometeu o crime de prevaricação durante a negociação para a compra da vacina indiana Covaxin, no ano passado. A investigação corria desde julho, por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), após revelações feitas durante a CPI da Covid.

Segundo Ranfolfe, o relatório final da PF conclui que houve crime, mas para inocentar Bolsonaro, o delegado surgiu com a tese "esdrúxula"de que esse crime não pode ser cometido pelo presidente.