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Se eleito, Moro diz que dará preferência a juízes de carreira para o STF

No Ceará, Sergio Moro compartilhou a foto junto a estátua de Padre Cícero - Reprodução/Twitter/@SF_Moro
No Ceará, Sergio Moro compartilhou a foto junto a estátua de Padre Cícero Imagem: Reprodução/Twitter/@SF_Moro

Colaboração para o UOL, em Brasília

10/02/2022 18h17

Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro disse hoje que, se for eleito, deverá dar preferência a juízes de carreira em possíveis indicações ao STF (Supremo Tribunal Federal).

"Eu pretendo ter uma preferência por magistrados de carreira, e vamos nomear pessoas de absoluta seriedade", declarou Moro em entrevista a jornalistas em Teresina (PI).

O próximo presidente poderá indicar duas vagas para o STF em 2023, quando os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber completarem 75 anos e precisarão se aposentar compulsoriamente.

Moro já pediu vaga, diz Bolsonaro

Em depoimento à PF no ano passado, Bolsonaro afirmou que, em 2019, solicitou a Moro a troca do comando da PF e alegou que não havia insatisfação com o trabalho do então diretor-geral, Maurício Valeixo (braço de direito de Moro) —apenas falta de interlocução.

Segundo o presidente, a indicação de Alexandre Ramagem para o comando da PF foi aceita por Moro com a condição de que o ex-ministro tivesse uma eventual indicação garantida ao STF.

Moro nega ter negociado o posto do Supremo com Bolsonaro.

4 no STF vieram da magistratura

Atualmente, dos 11 ministros do STF, quatro chegaram à corte vindos de algum órgão da magistratura: Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques. Embora sua origem seja a advocacia, assim como o ministro Lewandowski, Nunes Marques ingressou na magistratura com base no quinto constitucional, que é a indicação da OAB.

As carreiras de origem dos ministros da corte são diversas. Muitos deles se projetaram no meio jurídico devido à sua atuação na advocacia, em órgãos como o Ministério Público.

Três deles já chefiaram a AGU (Advocacia-Geral da União): os ministros Gilmar Mendes, André Mendonça e Dias Toffoli. Dentre os quatro que vieram da magistratura, nem todos ingressaram no Judiciário por meio de concurso, o que seria, no jargão jurídico, o magistrado de carreira.

Isso porque parte dos cargos do Judiciário é ocupado por meio do quinto constitucional, que permite que membros do Ministério Público e advogados sejam indicados aos tribunais.