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Moro diz que fala sobre o nazismo 'não reflete' o que Kim Kataguiri pensa

O ex-juiz diz que a fala não reflete o "histórico parlamentar" do aliado - Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex-juiz diz que a fala não reflete o 'histórico parlamentar' do aliado Imagem: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

11/02/2022 12h43Atualizada em 11/02/2022 13h25

O presidenciável Sergio Moro (Podemos) definiu como "gafe verbal" a declaração do deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP) sobre o nazismo. O ex-juiz diz que a fala não reflete o 'histórico parlamentar' do aliado. A declaração de Moro foi feita em entrevista à TV Meio Norte, do Piauí.

"Ele já pediu desculpas, acho que ele se equivocou profundamente em relação a sua fala. Agora, ele tem um histórico como parlamentar que não pode ser apagado porque ele cometeu esse erro brutal, que não reflete o que ele pensa. Foi uma gafe verbal", disse Moro, em visita a Teresina ontem.

Num debate sobre perseguição contra grupos minoritários exibido na segunda-feira (7) pelo Flow Podcast, Kataguiri sugeriu que grupos radicais ganham força quando o cerceamento de ideias extremistas é praticado em detrimento da liberdade de expressão. O apresentador do podcast Bruno Aiub, conhecido como "Monark", disse que endossa a criação de um partido nazista a fim de equilibrar o debate político.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Kim Kataguiri afirmou que errou por não ter se manifestado de maneira contundente contra as declarações de Monark. "O primeiro ponto que precisa ficar claro é que eu não defendo criação de partido nazista. Quando o Monark falou aquelas atrocidades, eu falhei em representar a comunidade judaica como deveria."

"Mas meu nome é Sergio Moro, eu respondo por minhas falas, pelos meus pensamentos. Sempre fui um defensor da democracia e dos direitos humanos. Eu não sou nem o MBL nem o Podemos, não sou qualquer outra pessoa. Meu nome é Sergio Moro", completou o ex-ministro da Justiça.

Apoio do MBL a Moro

Sergio Moro afirmou semana passada que o envolvimento de movimentos da sociedade civil, como MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Para Rua, pode ser mais importante para sua campanha que o apoio de partidos políticos.

"Trouxemos o MBL para o Podemos e atraímos o apoio do Vem Pra Rua. A aglutinação da terceira via vai se dar entre um projeto e a sociedade civil. E isso está se dando em torno do meu projeto. O MBL tem uma comunidade enorme, uma comunidade jovem. Esses apoios, muitas vezes, são mais relevantes que os dos partidos políticos", disse Moro, durante evento do banco Credit Suisse.

Em janeiro, o Podemos filiou líderes políticos ligados ao MBL, como Kim Kataguiri, Arthur do Val, Adelaide Oliveira e Rubinho Nunes.