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Moro diz que 'ambição pessoal' de alguns impede união da terceira via

O pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro - Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro Imagem: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

04/02/2022 17h10

O pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), disse hoje que "ambições pessoais" estão atrapalhando os candidatos da chamada terceira via a se aliarem. Mesmo assim, o ex-juiz está confiante de que a união virá "mais cedo ou mais tarde", e afirmou que tem conversado com vários partidos.

"Agora, há muita ambição pessoal. A gente sempre falou que a sociedade, a imprensa, quer a união da terceira via, mas há muitos projetos pessoais que às vezes estão impedindo essa aglutinação. Mas ela vai vir. Mais cedo ou mais tarde, ela vai vir", disse, em entrevista ao Tribuna Popular, programa da rádio Canoa FM, do Ceará.

Moro afirmou que tem feito alianças "com as pessoas, com movimentos e organizações da sociedade civil". Ontem, ele disse que o envolvimento de movimentos da sociedade civil, como MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Para Rua, pode ser mais importante para sua campanha que o apoio de partidos políticos.

O ex-juiz federal e ex-ministro do atual governo também afirmou que só decidiu fazer parte da política porque não viu "alguém com capacidade de derrotar Lula e Bolsonaro". Segundo Moro, após a decisão de se tornar candidato, passou a construir um projeto e defendeu "uma partilha de poder entre as pessoas que se uniram por um projeto".

"Não para fazer como o Lula fez, no Mensalão e no Petrolão, ou o Bolsonaro, com o orçamento secreto e abraçado com o Valdemar da Costa Neto. A gente pode fazer algo diferente, partilhando o poder para ter um bom projeto, e tendo princípios e valores como norte", finalizou.

Assim como apontado por Moro, os candidatos da chamada terceira via não têm tido um desempenho satisfatório entre os eleitores. Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) despontam em primeiro e segundo lugar, respectivamente, enquanto Moro, Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), pontuam menos.