Mayra Pinheiro, a 'Capitã Cloroquina', deixa Saúde e vai para o Trabalho
A médica Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina", foi exonerada hoje do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União. Ela foi designada para a função de subsecretária da Perícia Médica Federal da Secretaria de Previdência, ligada ao Ministério do Trabalho e Previdência.
Após a exoneração, Mayra Pinheiro anunciou que vai deixar o novo cargo "no momento oportuno, seguindo a legislação e o calendário eleitoral", para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Ceará, seu estado natal.
Aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), a médica ficou conhecida como uma das maiores defensoras da cloroquina, que não tem eficácia comprovada contra a covid-19. No início deste mês, ela se filiou à mesma sigla do presidente.
A ex-secretária também foi um dos principais alvos da CPI da covid, sendo apontada como integrante do "gabinete paralelo" do Ministério da Saúde.
Em seus depoimentos ao órgão colegiado, ela voltou a defender a cloroquina, e, de acordo com as investigações, os senadores da comissão apontaram que ela fez apelo para o uso do medicamento antes do colapso por falta de oxigênio em Manaus.
Ela negou, no entanto, que a defesa do medicamento foi uma ordem ou influência de Bolsonaro sobre seu posicionamento. O mandatário é um defensor veemente do uso da cloroquina no enfrentamento ao novo coronavírus.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Saúde para falar sobre a exoneração e aguarda retorno.
- Veja essa e mais notícias no UOL News com comentários do colunista Marco Antonio Villa:
Posts contra a vacina e pró-manifestação bolsonarista
Recentemente, Mayra fez campanha nas redes sociais contra vacinação de crianças para proteção da covid. Ela postou texto dizendo que "não pode aceitar passivamente que crianças façam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial". Criticada pelo posicionamento, disse que foi alvo de "uma campanha de incentivo ao linchamento moral".
No ano passado, a ex-secretária fez também postagens em redes sociais defendendo as manifestações pró-Bolsonaro que ocorreram no 7 de Setembro. O próprio presidente convocou os atos, com pautas antidemocráticas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso.
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