Bolsonaro diz que Brasil deve ficar neutro e que Putin não quer massacre
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse hoje, durante entrevista coletiva no Guarujá (SP), que o Brasil deve continuar com uma posição neutra em relação aos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. O chefe do Executivo passa o feriado no Forte dos Andradas, no litoral paulista.
"No meu entender nós não vamos tomar partido, nós vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for possível na busca por uma solução", disse Bolsonaro.
Ao ser questionado por uma jornalista sobre as ações do presidente Vladimir Putin, com quem se reuniu há duas semanas em Moscou, Bolsonaro respondeu: "Você está exagerando na palavra massacre".
"No meu entendimento, não há interesse, por parte de um chefe de Estado como o da Rússia, de praticar um massacre onde quer que seja."
A Ucrânia informou hoje que ao menos 352 civis, sendo 14 crianças, foram mortos desde a invasão da Rússia no território.
Nossa posição tem que ser de bastante cautela. Não podemos, ao tentar solucionar um caso que é grave, ninguém é favorável a guerra em nenhum lugar do mundo, trazer problemas gravíssimos para toda a humanidade e para nosso país também, que está nesse contexto.
Jair Bolsonaro, sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia
Questionado a respeito da conversa que teve com o presidente russo Vladimir Putin, Bolsonaro disse que não daria detalhes. "Todas as vezes que conversei com o Putin foi uma conversa de altíssimo nível", afirmou.
O presidente também justificou que uma decisão "pode trazer sérios prejuízos a agricultura" no país. "Como já disse, a cada cinco pessoas no mundo, uma é alimentada pelo Brasil", completou.
Hoje mais cedo, o perfil de Bolsonaro no Facebook publicou dois vídeos ao vivo do presidente cumprimentando apoiadores e causando aglomeração em praias do litoral de São Paulo.
Nas imagens, a maioria das pessoas presentes estava sem máscara de proteção facial, apesar de a pandemia da covid-19 ainda estar em curso.
Visita a Putin
No último dia 16, Bolsonaro se encontrou com Putin no Kremlin, sede do governo russo. Na ocasião, o presidente brasileiro disse "ser solidário à Rússia", mas não deu detalhes do contexto dessa solidariedade.
A visita de Bolsonaro aconteceu no clima de tensão entre a Ucrânia e a Rússia. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) pontuava uma preocupação com uma possível invasão russa — que acabou se concretizando na quinta-feira (24).
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