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Weintraub propõe controle de divisas de SP para combater "favelização"

Abraham Weintraub  - Walterson Rosa/Ministério da Educação
Abraham Weintraub Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Do UOL, em São Paulo

06/03/2022 20h06

O ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL) e pré-candidato ao governo de São Paulo Abraham Weintraub (Brasil 35) propôs um sistema de controle de divisas como forma de combater a "favelização" do estado, segundo informação divulgada pelo jornal "O Estado de São Paulo". A declaração foi feita pelo político durante uma conversa fechada com apoiadores.

O objetivo é transformar São Paulo numa espécie de Texas. Se o País for numa direção errada, tem um porto seguro. Tem que ter alguma forma de controle. 'Vai chegar? O que vai fazer? Vai ficar?'. Ao mesmo tempo, uma política habitacional. Não tem que tentar aliviar na favela. Abraham Weintraub

Na conversa, segundo o jornal, Weintraub diz ainda que não dá para mudar a realidade de uma favela.

"É um ambiente que precisa acabar. Não dá pra ter favela. Não dá pra mudar uma favela. A essência da favela permite o surgimento de muita coisa errada", afirmou.

O ex-ministro ainda não declarou oficialmente suas intenções, mas tem articulado uma possível candidatura ao governo paulista. Caso de fato entre na disputa, o ex-ministro bolsonarista terá de concorrer com o atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, indicado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro para entrar na corrida e garantir seu palanque no maior colégio eleitoral do País.

O Brasil 35 é um partido jovem que não decolou. Registrado no TSE em 2015, como PMB, ele não tem representatividade na Câmara Federal ou no Senado, tendo elegido apenas três deputados estaduais em 2018. Já em 2020, o partido elegeu 46 vereadores e uma prefeita nas eleições municipais.

Segundo números do TSE de dezembro de 2021, o partido conta com 47.284 eleitores filiados.

Abraham Weintraub e o seu irmão, Arthur Weintraub, que é ex-assessor da Presidência da República, retornaram ao Brasil na semana passada depois de um período morando e trabalhando nos Estados Unidos.

Antes de deixar o Brasil, ainda no governo Bolsonaro, Weintraub protagonizou atritos com o STF (Supremo Tribunal Federal) e passou a ser investigado no âmbito do inquérito das fake news por disseminação de desinformação e ameaças aos ministros da Corte.