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Moraes prorroga inquérito das milícias digitais antidemocráticas

3.mar.2021 - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) - Nelson Jr./SCO/STF
3.mar.2021 - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Paulo Roberto Netto

Colaboração para o UOL, em Brasília

06/04/2022 19h31Atualizada em 06/04/2022 21h01

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou por mais 90 dias o inquérito que mira milícias digitais antidemocráticas. O despacho foi assinado hoje, até então o último dia para a conclusão da investigação.

Segundo Moraes, há necessidade de continuidade das apurações e diligências ainda em andamento.

O inquérito foi instaurado em julho do ano passado e dá continuidade às investigações sobre atos antidemocráticos. Na ocasião, a Procuradoria Geral da República pediu a Moraes o arquivamento do caso por falta de provas.

O ministro atendeu parcialmente a PGR, e ao arquivar o caso dos atos, instaurou o das milícias por considerar que havia a necessidade de apurar núcleos voltados para a produção, financiamento e difusão de ataques virtuais a instituições democráticas.

Em fevereiro, relatório da Polícia Federal informou ao STF que uma milícia digital usou a estrutura do chamado "gabinete do ódio", termo usado para designar um conjunto de assessores do Planalto.

"Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado 'gabinete do ódio': um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) -- os "espantalhos" escolhidos -- previamente eleitos pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação", disse a PF.