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Moraes manda PGR se manifestar se Bolsonaro não interferiu na PF

O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão no STF (Supremo Tribunal Federal) - Rosinei Coutinho/SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão no STF (Supremo Tribunal Federal) Imagem: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Mariana Durães

Do UOL, em São Paulo

27/04/2022 17h20

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre o relatório da PF (Polícia Federal) no inquérito que investiga uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corporação. A PGR definirá se seguirá a investigação, ou arquivará o caso.

"Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação", determinou Moraes.

Em março, quase dois anos após o início das investigações, a PF concluiu que Bolsonaro não cometeu crimes nas supostas interferências que teria feito na instituição. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal afirmou que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro também não pode ser enquadrado em ato criminal.

Moro acusou o Presidente da República em 2020, ao deixar o cargo de ministro. Na ocasião, ele disse que Bolsonaro havia trocado o comando da corporação para ter acesso a investigações e relatórios da entidade, o que é proibido pela legislação. À época, o ex-chefe da Justiça e Segurança Pública falou sobre a exoneração do então diretor-geral da PF, Maurício Leite Valeixo, dizendo que "houve essa insistência" da parte de Bolsonaro para trocar a liderança do órgão.

Mas no documento de conclusão do inquérito conta que "o próprio noticiante, Sergio Moro, declarou não haver qualquer pedido de informações ou ingerência por parte do Presidente da República em investigações conduzidas pela PF".