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Em telão na Paulista, Bolsonaro diz que 'deve lealdade' a apoiadores

José Dacau e Lorena Barros

Do UOL, em São Paulo

01/05/2022 16h53Atualizada em 02/05/2022 08h18

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou por meio de videoconferência para apoiadores durante ato em defesa dele e com ataques ao STF na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde de hoje. Em um vídeo curto, transmitido em um telão, Bolsonaro se disse em defesa da "Constituição, família e liberdade".

"É uma satisfação muito grande poder cumprimentá-los nesta manifestação pacífica, como todas as demais, em defesa da Constituição, da família e da liberdade. Eu devo lealdade a todos vocês. Temos um governo que acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo", disse o mandatário.

Com o lema "Deus, Pátria, Família", o presidente agradeceu à presença dos apoiadores e à "missão de conduzir o destino do Brasil". "O bem sempre vence o mal. Muito obrigado a todos vocês", afirmou.

A aparição virtual de Bolsonaro no evento da Avenida Paulista ocorreu poucas horas após uma passagem relâmpago do presidente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde outro ato em defesa do presidente e com ataques ao STF e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi realizado.

No local, Bolsonaro não discursou, mas subiu em um carro de som e acenou para apoiadores por cerca de cinco minutos. O locutor do evento afirmou no microfone que Bolsonaro não discursaria para "não ter a candidatura impugnada".

Ato na Paulista

O ato realizado por apoiadores de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista hoje foi marcado por críticas ao Supremo Tribunal Federal. Alguns dos presentes chegaram a chamar os ministros da suprema corte de ditadores.

O apoiador de Bolsonaro José Geraldo de Carvalho 55, o "Zé da Havan", homenageia o empresário Luciano Hang, em ato na avneida paulista, em São Paulo. "Precisamos tirar esses ditadores do STF porque o presidente precisa governar", disse  - José Dacau/UOL - José Dacau/UOL
O apoiador de Bolsonaro José Geraldo de Carvalho 55, o "Zé da Havan", homenageia o empresário Luciano Hang, em ato na avneida paulista, em São Paulo. "Precisamos tirar esses ditadores do STF porque o presidente precisa governar", disse
Imagem: José Dacau/UOL

Em uma faixa colocada na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso apareciam com um bigode escrito "ditador", fazendo alusão a Adolf Hitler. Manifestantes gritavam: "Fora urubus de toga".

"Precisamos tirar esses ditadores do STF porque o presidente precisa governar", disse José Geraldo de Carvalho, 55. Fantasiado com roupa semelhante à de Luciano Hang, dono da Havan, ele se intitulou de "Zé da Havan".

"Vim para dar força ao nosso presidente e derrubar o STF", afirmou a aposentada Laice Alves Ferreira, 70.

Entre os presentes no evento estava o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que foi cumprimentado e tirou selfies com apoiadores; a ex-deputada Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson; o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL), que pediu uma "ampla reforma do judiciário" em fala no local; o deputado federal Daniel Silveira (PTB), que pela manhã já tinha participado de atos na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói e a deputada federal bolsonarista Carla Zambeli (PL).