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Weintraub e irmão acionam STF por xingamento de Eduardo Bolsonaro

11.fev.2020 - O então ministro da Educação, Abraham Weintraub, falando à comissão do Senado sobre problemas na correção das provas do Enem - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
11.fev.2020 - O então ministro da Educação, Abraham Weintraub, falando à comissão do Senado sobre problemas na correção das provas do Enem Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/05/2022 17h56

Os irmãos Arthur e Abraham Weintraub, respectivamente ex-assessor do governo e ex-ministro da Educação, protocolaram no STF (Supremo Tribunal Federal) uma queixa-crime contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após o parlamentar ter chamado os irmãos de "filhos da puta".

A ação argumenta que as mensagens de Eduardo no Twitter tinham "conteúdo extremamente ofensivo à honra, imagem e reputação" de Abraham e Arthur.

A ofensa ocorreu depois do ex-ministro e ex-assessor terem opinado contra o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Eduardo, então, escreveu: "A gente tá em guerra e o cara me falando em procedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido um indulto e agora esse instrumento tenha sido utilizado para seu fim: um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma puta! Desculpa, mas não há outra palavra."

A defesa dos irmãos disse que "embora a liberdade de expressão seja um direito garantido, a própria Constituição prevê que a liberdade de um indivíduo não pode ferir a liberdade de outro".

Além disso, os advogados disseram que as falas de Eduardo tiveram "o único objetivo de humilhá-los e desqualificá-los perante a sociedade".

No fim de abril, durante uma live, Abraham e Arthur haviam mencionado o episódio com o filho de Bolsonaro. "O Eduardo disse FDP [filhos da puta] e depois falaram termos muito mais chulos, porque não conseguem apontar uma falha de caráter ou corrupção", falou o ex-ministro.

Ele ainda afirmou que o pai foi chamado de "maconheiro", mas ele era "professor e fez um livro sobre o malefício da droga".