Do Val chama cassação de 'perseguição' e compara com punição branda a Cury
Arthur do Val disse que sua cassação, decidida hoje pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), é uma "perseguição". O plenário da Casa decidiu, por unanimidade, pela punição, o que deixa o ex-deputado estadual e integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) inelegível por oito anos.
"A decisão do plenário da Alesp deixa claro que foi promovida uma perseguição contra Arthur do Val e que o motivo principal não era o seu mandato, ao qual já renunciou, mas sim retirá-lo da disputa eleitoral deste ano", diz a nota enviada após a decisão.
Além disso, Arthur entendeu que a punição foi desproporcional, principalmente se comparada "a casos muito mais graves". Na nota, o político faz uma comparação com o caso do deputado Fernando Cury (União Brasil), que assediou Isa Penna (PCdoB) no plenário da Casa em dezembro de 2020, e foi suspenso por seis meses das atividades.
Do Val renunciou ao mandato em abril, no que foi visto por opositores como uma manobra para tentar evitar a continuidade do processo. O ex-parlamentar passou a enfrentar o pedido de cassação após vazamento de áudios com comentários sexistas sobre as mulheres ucranianas.
Antes de abrir mão do cargo, o então deputado estadual chegou a admitir a possibilidade de ser cassado, mas garantiu que iria "cair atirando". A declaração ocorreu durante entrevista ao canal "Inteligência Ltda", no YouTube.
O único caso de cassação analisado pelo Conselho de Ética ocorreu em 1999, segundo o próprio colegiado. O então deputado Hanna Garib teve seu mandato extinto depois de ser acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na administração da cidade de São Paulo.
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