Folga de Carnaval de Bolsonaro em SP custou R$ 783 mil aos cofres públicos
Durante o feriado do Carnaval de 2022, quando esteve de folga no Guarujá, litoral de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou mais de R$ 783 mil em verba pública durante os cinco dias na praia. As informações foram solicitadas pelo jornal O Globo via LAI (Lei de Acesso à Informação) e confirmadas pelo UOL.
Contabilizando transporte terrestre, passagens e diárias, os gastos somaram R$ 783.394,17. Tudo foi pago com cartão corporativo. A Secretaria-Geral da Presidência da República pontuou, no entanto, que os valores podem sofrer alterações caso ocorram atualizações decorrentes da prestação de contas.
Apesar de o valor se tornar público, os detalhes das despesas não foram informados, pois poderiam colocar em risco a segurança de Bolsonaro e de seus familiares, argumentou a Secretaria-Geral da Presidência, que se baseou no artigo 24 da Lei Acesso à Informação.
O trecho da lei diz que "as informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição".
O UOL procurou o Planalto para comentar sobre os gastos, mas até o momento não obteve respostas.
Carnaval em Guarujá sob críticas
O presidente chegou ao Guarujá no dia 26 de fevereiro e ficou até o dia 2 de março. Ele estava acompanhado do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e ficou hospedado no Forte dos Andradas.
Bolsonaro fez passeios de jet ski em pelo menos três praias do Guarujá e ainda passou pela cidade de Praia Grande. Em todos os locais ele fez registros nas redes sociais, especialmente em locais que era recebido por apoiadores.
O presidente optou por passar o feriado de Carnaval na praia em meio à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Na ocasião, centenas de brasileiros na Ucrânia relatavam dificuldades para conseguir sair do país por causa da invasão russa e o governo federal enfrentava críticas de parlamentares sobre a falta de um apoio maior do Itamaraty.
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