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Jamil: Bolsonaro precisa de foto com Biden na Cúpula das Américas

Colaboração para o UOL

06/06/2022 09h35Atualizada em 06/06/2022 12h55

Na avaliação do colunista do UOL Jamil Chade, o encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com Joe Biden, na IX Cúpula das Américas, é importante para o mandatário brasileiro tentar recuperar a reputação internacional do Brasil.

"Bolsonaro precisa salvar sua reputação, pelo menos ter uma foto dando a mão a Biden, que até agora ignorou o presidente brasileiro", observou, durante comentário no UOL News hoje.

No mês passado, o Itamaraty confirmou que Bolsonaro viajará aos Estados Unidos para a Cúpula das Américas, marcada para ocorrer em Los Angeles entre os dias 6 e 10 de junho. Os dois presidentes se encontram na quarta-feira (8).

Porém, Jamil Chade também destaca que o encontro é uma tentativa do presidente norte-americano mostrar força diante da influência da China na América Latina. "Não dá para ter uma Cúpula das Américas sem México e Brasil", ressalta o jornalista.

Bolsonaro tenta construir nova imagem nas eleições

Para o professor de relações internacionais Paulo Velasco, da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o encontro entre Jair Bolsonaro e Joe Biden é uma tentativa do brasileiro construir uma nova imagem internacional em meio à disputa presidencial no Brasil.

"É importante que Bolsonaro obtenha algum sinal mais positivo do governo americano e da comunidade internacional, mas não será tarefa fácil. Brasil conseguiu se afastar e se colocar em uma posição desconfortável", disse, durante o UOL News.

Bolsonaro foi um dos últimos líderes internacionais a reconhecer a vitória de Biden sobre Donald Trump, em 2020. O presidente brasileiro também endossou o discurso do candidato republicano de que as eleições poderiam ter sido fraudadas.

"O presidente Bolsonaro tem que passar um recado positivo também. Nada do que vem fazendo de colocar as urnas eletrônicas 'em xeque', a questão do voto. Ele tem que mostrar que as eleições brasileiras são firmes, funcionam, vão ocorrer com tranquilidade", afirma o professor.

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