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Advogado de Bolsonaro, Wassef foi em anúncio de PEC sobre combustíveis

Nesta segunda (6/6/22), o presidente Jair Bolsonaro recebe o advogado da família, Frederick Wassef, no Palácio do Planalto - ANTONIO MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO
Nesta segunda (6/6/22), o presidente Jair Bolsonaro recebe o advogado da família, Frederick Wassef, no Palácio do Planalto Imagem: ANTONIO MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

06/06/2022 23h34

O advogado Frederick Wassef participou hoje de evento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou um pacote de medidas para tentar reduzir o preço dos combustíveis. O ato contou com a presença de integrantes da alta cúpula do governo federal, além dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O Palácio do Planalto não esclareceu o que motivou a participação de Wassef no evento, uma vez que ele não integra o governo. O UOL apurou que o advogado não participou da reunião que antecedeu o anúncio e só acompanhou o presidente para tratar de assuntos de ordem pessoal.

Próximo do presidente desde 2014, ano em que Bolsonaro foi eleito deputado federal com a maior votação pelo Rio de Janeiro, Wassef é advogado do filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, e o representou no caso das "rachadinhas" na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). A denúncia foi arquivada no mês passado.

Atualmente, Wassef também advoga em favor de Jair Renan, filho mais novo de Bolsonaro, alvo de investigação da PF por ter recebido dicas do lobista Marconny Albernaz de Faria para criar uma empresa de eventos. "Não há absolutamente nada em desfavor de Renan Bolsonaro no processo. O que há é uma perseguição a seu pai, presidente Jair Bolsonaro, com fins políticos", disse o advogado ao UOL.

O que anunciou Bolsonaro no evento

Os impactos das medidas não foram detalhados. O UOL apurou que o custo total deve ser de R$ 30 bilhões a de R$ 50 bilhões. Para abrir caminho à transferência de recursos, o governo buscará a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para autorizar que a despesa fique fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação.

"Em havendo entendimento por parte dos senhores senadores, em se aprovando o projeto de lei complementar sobre o ICMS e em se promulgando de forma bastante rápida uma emenda à Constituição, isso se faria valer imediatamente na ponta da linha para os consumidores", disse o presidente.