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Raquel Landim: José Dirceu está em busca da redenção nas urnas

Em meio à expectativa em torno do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode extinguir sua pena por corrupção passiva na Lava Jato, José Dirceu demonstra que pretende retomar a carreira política e buscar por redenção nas urnas, disse a colunista Raquel Landim no UOL News desta terça (21).

José Dirceu quer a redenção. Ele colocou isso de uma maneira muito clara quando esteve no Senado recentemente e não cruzou de lá para a Câmara dos Deputados de propósito. Dirceu atendeu a um convite do Senado para falar sobre a ditadura, mas já disse em várias conversas que só cruza para a Câmara quando tiver um mandato eletivo novamente.

Ele quer essa redenção e essa resposta das urnas. Dirceu sente a necessidade de receber esse respaldo do voto e, com isso, voltar ali para dar esta resposta política. Raquel Landim, colunista do UOL

Para Raquel, o governo Lula está tentando "reescrever a história" com relação às investigações da Lava Jato, algo que reforça a sensação de impunidade junto à população.

Na prática, esse processo funciona para que nunca se tenha uma resposta se há culpabilidade ou não. No caso do Dirceu, ele diz não ter culpa e há uma série de indícios dizendo que sim. Se não há uma palavra final da Justiça, não há uma resposta para isso.

O que vemos no governo Lula em uma série de lugares, particularmente na Petrobras, é uma tentativa de reescrever a história ao colocar que vários dos crimes e das investigações, principalmente durante os anos da Lava Jato, simplesmente não aconteceram.

Há uma tentativa muito forte do governo de colocar o tempo todo que, no caso da Petrobras, ele não estava envolvido. Há todo um processo para dizer que aquilo ali não aconteceu. Isso é muito complicado, É uma tentativa de apagar o passado. Pode ter havido uma série de excessos de como o processo A ou B foi conduzido, mas foram casos de corrupção que efetivamente ocorreram.

Não há uma reflexão e nem um mea culpa. Cada governo que chega, tenta negar o anterior em vez de seguir e aprender com o que passou. Raquel Landim, colunista do UOL

Sakamoto: Popularidade maior pode alavancar sonho presidencial de Leite

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O crescimento da popularidade digital de Eduardo Leite (PSDB) em meio à tragédia no Rio Grande do Sul pode impulsionar os planos do governador de se lançar como candidato à presidência da República em 2026, afirmou Leonardo Sakamoto.

Com a tragédia, Leite acaba sendo catapultado e sobe por conta dessa visibilidade, embora seja criticado pelo que aconteceu com medidas ambientais durante seu governo. Mas ele está em evidência. É claro que, com uma injeção com popularidade maior e a depender do que fizer na tragédia, pode ajudar a alavancar e tentar tirar da gaveta o sonho presidencial de Leite. Mas ainda é muito cedo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Lei não deve vigiar expressões, mas refletir riqueza da língua, diz ex-juiz

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes acerta ao suspender leis que proíbem o uso e o ensino da linguagem neutra, disse o ex-juiz eleitoral Márlon Reis. Para o advogado, a decisão de Moraes apenas respeitou os princípios constitucionais e evitou um problema ainda maior.

Não é o Estado quem vai estabelecer esses tipos de diretrizes. Isso é o que decorre quando se analisa a Constituição. Lá não estipula uma caixa, um ambiente quadrado, fechado, 'puro', de expressão linguística. O que hoje pode ser chocante para alguns, amanhã pode ser um padrão. A língua é algo vivo e a lei deve refletir essa vida e riqueza de expressões culturais e filosóficas. Márlon Reis, ex-juiz eleitoral

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