Zambelli aciona Ministério Público contra MTST após ato no Iguatemi de SP
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) protocolou hoje no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) um pedido de abertura de investigação sobre ato realizado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) na praça de alimentação do shopping Iguatemi, em São Paulo. A manifestação, na quarta-feira (8), reuniu cerca de 100 pessoas.
Na avaliação da congressista, o ato do MTST compõe estratégia coordenada. "Os locais que foram alvos das manifestações são ambientes dedicados a atividades diretamente vinculadas ao sistema econômico nacional", disse ao UOL. Em nota, o Iguatemi afirmou que "registrou uma breve manifestação" e que "respeita manifestações democráticas e pacíficas".
No pedido ao MP, a parlamentar bolsonarista afirma que imagens a que ela teve acesso mostram que "o ato foi marcado por correria e gritaria, perturbando o trabalho dos profissionais do local e o lazer e descanso" de trabalhadores, consumidores e comerciantes.
O pedido de investigação foi apresentado nos autos de um inquérito em andamento, que investiga as circunstâncias de uma manifestação contra a alta da inflação realizada da sede da B3, e que foi aberto também a pedido de Carla, em 2021. A deputada aponta que falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estimulam apoiadores a desafiarem a ordem democrática.
"Lula parece querer se vingar dos brasileiros e sua intenção é criar um ambiente desagradável para todos, já que ele próprio não pode andar pelas ruas do país, uma vez que é rechaçado pela maioria esmagadora da população. Esse tipo de balbúrdia é uma resposta da esquerda, que tem Lula como líder, que reage na medida em que a economia se recupera e a geração de empregos bate recorde", diz ela na ação enviada ao MP.
Em abril, a deputada pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibisse o petista de se aproximar da sede do Congresso Nacional, em Brasília. A representação, arquivada pelo ministro Ricardo Lewandowski, deu-se depois de Lula incentivar apoiadores a "incomodar a tranquilidade" de parlamentares como forma de pressão política.
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