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Polícia Civil indicia vereador Camilo Cristófaro por racismo

Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo - André Bueno/CMSP
Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo Imagem: André Bueno/CMSP

Do UOL, em São Paulo

21/06/2022 20h51Atualizada em 21/06/2022 21h22

A Polícia Civil de São Paulo indiciou o vereador Camilo Cristófaro (Avante) pelo crime de racismo. Durante reunião da CPI dos Aplicativos na Câmara municipal, sem saber que o áudio estava aberto, o parlamentar comentou: "Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?". A reunião ocorria de forma híbrida e Cristófaro participava remotamente.

Segundo a Polícia Civil, foi analisado o vídeo da reunião e o vereador foi ouvido, confessando os fatos. A pena prevista para o crime é de 2 a 5 anos de reclusão e multa.

O UOL procurou a assessoria do vereador, que informou que Cristófaro está afastado se recuperado de covid-19. Até o momento, nenhuma declaração será dada.

A bancada de vereadores do PSOL foi à sede da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) pedir um inquérito contra o vereador. A unidade, então, iniciou a investigação. Já a bancada do União Brasil protocolou uma queixa-crime no Ministério Público. No mesmo dia, por meio de nota, Cristófaro pediu desculpas a toda população negra e admitiu que cometeu um erro.

O caso levou o PSB a anunciar a desfiliação do vereador. O presidente do partido em São Paulo, Jonas Donizette, aceitou um pedido que o parlamentar havia feito de afastamento dos diretórios municipal e estadual da agremiação.