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Na presença de Lula e Alckmin, PT homenageia petista morto por bolsonarista

Do UOL, em São Paulo

11/07/2022 16h51

Antes da reunião do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, hoje, petistas fizeram hoje uma homenagem a Marcelo Arruda, guarda municipal petista assassinado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Foz do Iguaçu. O crime aconteceu no sábado, 9, e Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos.

Ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSB), Gleisi Hoffman chamou o crime de "absurdo" e questionou como alguém pode assassinar outra pessoa por "diferenças políticas". Além disso, estendeu críticas a Bolsonaro, afirmando que ele faz parte de um movimento que prega a "indignação de adversários" e não debates e lutas de ideias.

"Eu queria dedicar essa reunião à memória do Marcelo Arruda, nosso companheiro que foi assassinado em Foz do Iguaçu. Um crime absurdo que a gente ficou sem entender até agora. Como que uma pessoa se dispõe a fazer isso, se dispõe a matar por diferenças políticas?", afirmou Gleisi.

"Mas entendemos que isso está num contexto que está vindo no Brasil nos últimos anos, fruto de colocar o ódio como instrumento da política e temos que nos posicionar firmemente contra isso, combater e trazer a política a seu leito natural da discussão das ideias, das lutas e programas, não da indignação de adversários. Mas, infelizmente, nós temos no Brasil, um movimento que prega isso e que é um movimento sustentado pelo presidente da República atual".

Após a fala de Gleisi, foi feito um período de silêncio e o vídeo foi postado por Lula em rede social.

Histórico

Na noite do último sábado, em Foz do Iguaçu (PR), o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho assassinou Marcelo Arruda, que fazia uma festa de aniversário com temática do PT. De acordo com o boletim de ocorrência, o criminoso entrou no evento gritando "aqui é Bolsonaro".

Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro reagiu ao acontecimento com um texto de 2018, atacando a esquerda.

"Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", publicou.

À imprensa, hoje, Bolsonaro afirmou que "ninguém sabe ainda" se o crime ocorreu por motivações políticas, além de dizer que não tem nada a ver com o caso.

"Agora, o que eu tenho a ver com esse episódio em Foz do Iguaçu? Nada. Você desconta qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele", apontou.