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PGR arquiva denúncia de Flávio Bolsonaro contra Calheiros por CPI da Covid

14.jul.2021 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), durante sessão da CPI da Covid - Jefferson Rudy/Agência Senado
14.jul.2021 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), durante sessão da CPI da Covid Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Colaboração para o UOL

14/07/2022 16h09Atualizada em 14/07/2022 19h10

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, arquivou representação apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contra o colega de Casa Renan Calheiros (MDB-AL) por causa da atuação do emedebista como relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. A informação foi noticiada pelo site Metrópoles e confirmada pelo UOL junto ao MPF (Ministério Público Federal).

Na denúncia, o filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), argumenta que Calheiros constrangeu depoentes durante sessões da CPI. O senador alega que o colega cometeu os crimes de abuso de autoridade, prevaricação, coação no curso do processo e exercício arbitrário das próprias razões.

Os supostos crimes teriam ocorrido durante os depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, do empresário Luciano Hang, do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, e da médica Nise Yamaguchi. Todos alinhados ao governo Bolsonaro.

"Exigir informações ou reiterar perguntas para buscar esclarecimentos de pessoa que, sob compromisso, presta depoimento, não pode ser considerado constrangimento ilegal, justamente porque há obrigação legal de fornecer as informações solicitadas, caso as detenha", rebateu Lindôra Araújo.

Ao UOL, a assessoria de Renan Calheiros disse que o senador não irá comentar o caso. A assessoria de Flávio Bolsonaro não se manifestou até a publicação da reportagem. Em caso de retorno, o texto será atualizado,

Discussão entre Flávio e Renan

Um dos momentos mais marcantes da CPI da Covid foi uma discussão entre os senadores Flávio Bolsonaro e Renan Calheiros durante depoimento de Fabio Wajngarten. O filho do presidente chamou o colega de "vagabundo".

Houve troca de ofensas e a sessão foi suspensa pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

"Vamos tentar colocar vacina nos braços dos brasileiros e não tentar fazer palanque, como o senador Renan Calheiros tenta fazer. A todo momento, querendo aparecer... Imagina um cidadão honesto sendo preso por vagabundo, que é o senador Renan Calheiros?!", afirmou Flávio Bolsonaro.

"Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do gabinete", rebateu Renan, referindo-se às denúncias de suposta "rachadinha" que envolvem Flávio.

A denúncia sobre o suposto esquema quando Flávio era deputado estadual foi arquivada após decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que anularam as provas do caso.