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Ceciliano cita apoio a Freixo e muda tom sobre Molon: 'Vou respeitar o PSB'

Lula e Marcelo Freixo posam com o deputado estadual André Ceciliano, pré-candidato do PT ao Senado no Rio - Ricardo Stuckert/ Divulgação
Lula e Marcelo Freixo posam com o deputado estadual André Ceciliano, pré-candidato do PT ao Senado no Rio Imagem: Ricardo Stuckert/ Divulgação

Do UOL, em São Paulo

04/08/2022 22h08Atualizada em 04/08/2022 22h19

André Ceciliano (PT) voltou a reforçar o apoio da sigla à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio de Janeiro e acabou mudando o tom contra o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), seu adversário na disputa ao Senado pelo estado.

Há um impasse entre o PT e o PSB no Rio de Janeiro. Em nota à imprensa nesta semana, o PT-RJ defendeu a retirada do apoio ao deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o governo do estado. Após críticas, o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, desistiu do pedido de rompimento com os pessebistas. A Executiva Nacional do PT adiou para amanhã a decisão sobre a manutenção do apoio a candidatura de Freixo.

De acordo com o jornal O Globo, Ceciliano, que é presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), informou que o PT e o PSB haviam combinado entre ambos que a sigla do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria indicar um candidato ao Senado para a disputa, enquanto a sigla de Molon indicaria um governador, que seria o Freixo.

"Na política, o maior ativo que se pode ter é fazer compromisso, acordos democráticos, e cumpri-los. A gente ainda vai perseguir esse acordo e acredito que até amanhã vamos resolver isso. Mas eu vou respeitar a posição do PSB. A gente não tem que se meter no PSB", comentou o petista.

Ceciliano ainda argumentou não ter "nada contra" Molon, mas afirmou acreditar que a candidatura do pessebista não deve crescer. Apesar da fala, a pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, contratada pelo Banco Genial e divulgada em 14 de julho, mostra Molon com 11% empatado em segundo lugar, dentro da margem de erro, com Clarissa Garotinho (União Brasil-RJ), com 9%, e Daniel Silveira (PTB-RJ), com 7%. Ceciliano alcança apenas 5% das intenções.

"Não acredito que vão ficar as duas candidaturas, mas o que sair de lá amanhã [da reunião do PT] a gente vai respeitar. Eu sou um soldado do meu partido. Não tenho nada contra ele [Molon]. Mas acho que a candidatura dele não amplia", começou.

E continuou: "Eu, ao contrário, fui prefeito de Paracambi duas vezes, presidi a Alerj na pior crise do Rio e sou da Baixada Fluminense, região onde tenho muito trabalho para mostrar."

Em reunião na manhã desta quinta-feira, a direção do PT discutiu sobre a situação dos palanques estaduais em que ainda há entraves a serem resolvidos. A decisão do partido sobre o apoio a Freixo deve passar pelo ex-presidente Lula, de quem será a palavra final. O partido vai aguardar até a data limite para o registro de candidaturas e chapas na Justiça Eleitoral.

A expectativa é que o PSB pressione o deputado Alessandro Molon a mudar de ideia e retirar a candidatura ao Senado, algo visto como improvável por aliados do pessebista que, inclusive, está divulgando apoio de famosos ao seu nome na disputa.

*Com Estadão Conteúdo