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Zé Trovão anuncia candidatura no Telegram; STF o proíbe de usar redes

Zé Trovão é investigado em inquérito no STF sobre atos antidemocráticos  - Reprodução/Redes Sociais
Zé Trovão é investigado em inquérito no STF sobre atos antidemocráticos Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

06/08/2022 23h22Atualizada em 07/08/2022 15h22

O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, anunciou que será candidato a deputado federal pelo PL (Partido Liberal) por Santa Catarina.

A informação foi divulgada em um vídeo no Telegram e confirmada ao UOL pela legenda, que ainda não registrou os nomes dos candidatos a deputado pelo estado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Zé Trovão foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de usar redes sociais.

"Estou passando para dizer para vocês que Zé Trovão é, definitivamente, candidato a deputado federal pelo estado de Santa Catarina, aprovado na convenção do PL. Deus abençoe. Eu conto com seu apoio, agora com mais força", afirmou ele, no vídeo.

Procurada pela reportagem, a defesa do caminhoneiro disse que elabora um pedido ao ministro para "adequar as medidas para a nova realidade" do cliente.

"Ele está com seus direitos políticos íntegros, ou seja, direito de votar e ser votado. Assim, as medidas deverão ser adequadas com a legislação eleitoral", afirmou.

Zé Trovão é alvo de processo no STF (Supremo Tribunal Federal) por ter incitado atos com pautas antidemocráticas no ano passado. Em fevereiro, passou a cumprir prisão domiciliar, mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, manteve a imposição do uso de tornozeleira eletrônica e o proibiu de usar as redes sociais.

"Verifica-se que as circunstâncias fáticas que motivaram a necessidade de decretação das prisões domiciliares já não se mantêm, constando dos autos que os investigados vêm cumprindo regularmente todas as medidas cautelares impostas", escreveu Moraes na decisão.

Zé Trovão também publicou, em junho, um vídeo nas redes sociais, desrespeitando a determinação. Na publicação, ele defendia o presidente Jair Bolsonaro (PL) e pedia manifestações contra os aumentos nos preços dos combustíveis pela Petrobras.

Questionada por Moraes, a defesa do bolsonarista disse que aquela era uma "causa nobre".