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Em vídeo, esposa diz que Ciro Gomes 'não é destemperado', mas 'indignado'

Ciro Gomes ao lado da esposa, Giselle Bezerra - Divulgação
Ciro Gomes ao lado da esposa, Giselle Bezerra Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em Maceió

07/08/2022 13h55Atualizada em 07/08/2022 14h49

A produtora cultural Giselle Bezerra, esposa do candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), rebateu as críticas dirigidas ao seu marido e refutou que o pedetista seja uma pessoa "destemperada". Na realidade, diz ela, o ex-ministro é "indignado" com a situação do Brasil.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Giselle tece vários elogios a Ciro e afirma que a principal qualidade do marido não é a inteligência, mas "o respeito que ele tem pelas pessoas".

Conforme a produtora, em um cenário dominado pela "sujeira e humilhação", Ciro se sobressai por ser um "conciliador" e por seu "conhecimento" singular de Brasil.

"Ciro é um conciliador. Acho que ninguém conhece o Brasil como o Ciro. Eu acho que o Ciro tem um respeito pelo povo que é incomparável. Sim, ele é inteligente, mas [essa] não é a principal qualidade dele. Para mim, o que ele tem de melhor para ser presidente é o respeito que tem pelas pessoas. Ele respeita as pessoas, e o que eu vejo os outros [candidatos] fazendo é um desrespeito absurdo, dentro da própria política, é rasteira, é sujeira, é humilhação, é enojante."

"Eu olho para o Ciro e falo assim: 'Não sei como você aguenta isso'. Ciro é um homem de verdade, ele não é destemperado, ele é indignado", acrescentou a produtora cultural.

Em sua terceira empreitada à presidência da República, Ciro Gomes é reconhecido por suas declarações sem papas na língua, nem meias palavras. Na atual campanha, o candidato do PDT não economizou em críticas duras aos seus principais adversários Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula, Bolsonaro e Ciro de olho no voto feminino

Assim como tem feito Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes também está em busca do voto das mulheres, principal parcela do eleitorado brasileiro. Para isso, os três candidatos com maiores intenções de votos apostam nas imagens de suas respectivas esposas para conquistar o apoio desse público.

Esposa do ex-presidente Lula, a socióloga Rosângela Silva, conhecida como Janja, tem assumido papel de destaque na campanha petista, espaço que, segundo a colunista do UOL, Madeleine Lackso, a ex-esposa de Lula, Marisa Leticia, "jamais teve".

Já a atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também tem recebido cada vez mais destaque na campanha de Bolsonaro à reeleição, sobretudo perante o público evangélico — o atual chefe do Executivo tem um histórico de piadas e declarações misóginas.

Ciro Gomes, por sua vez, busca atrair o voto feminino não apenas ao destacar sua esposa, Giselle Bezerra, mas também por ser o único entre os principais nomes na corrida ao Palácio do Planalto a apostar em uma vice na chapa. Nesta semana, o pedetista anunciou a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, como sua companheira de chapa na corrida presidencial.

Na campanha de 2018, o pedetista já havia recorrido à imagem de Giselle para atrair as eleitoras, sobretudo para contrapor declaração dada por ele em 2002, quando concorreu pela primeira vez ao Palácio do Planalto, e foi chamado de machista ao dizer que o "principal" papel de sua esposa naquela época, a atriz Patrícia Pillar, era "dormir com ele". A declaração, posteriormente classificada pelo político como "infeliz", custou votos naquele pleito e é recorrentemente recuperada por seus adversários.

No ano passado, Gomes classificou a fala como "uma piada de mau gosto", ressaltou que se desculpou publicamente com Pillar, "e vida que segue". "Menos para meus adversários que não param de acrescentar fake news a esse episódio", afirmou.

Bolsonaro é o mais rejeitado entre as mulheres

Pesquisa da Quaest Consultoria divulgada na semana passada mostrou que a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro continua em alta entre as mulheres, mesmo com esforço da campanha para melhorar sua imagem nessa parcela do eleitorado. Conforme o levantamento, o atual mandatário é rejeitado por 48% do eleitorado feminino.

Em relação às intenções de voto, o levantamento mais recente do Datafolha para presidente da República mostrou que Lula tem 46% da preferência das mulheres, enquanto Bolsonaro tem 27% no mesmo segmento.