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Oyama: Bolsonaro prioriza fé em campanha com 'renascimento' em Juiz de Fora

Colaboração para o UOL

09/08/2022 10h52Atualizada em 09/08/2022 11h58

A equipe da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) desistiu de investir no discurso de combate à corrupção para priorizar a fé. A aposta ocorre após pesquisas indicarem que a população considera o atual mandatário e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) igualmente corruptos. A apuração é da colunista do UOL Thaís Oyama, em O Radar das Eleições.

O marco do início da campanha de Bolsonaro, em 16 de agosto, deve ser um evento religioso seguido de uma visita a Juiz de Fora (MG), cidade onde o presidente foi esfaqueado em 2018.

"Eles acham que a ideia não é mais ir na 'jugular' do Lula, porque essa desconstrução vai acontecer naturalmente. [...] Seria simbólico [o evento em Juiz de Fora], onde ele 'renasceu'. Essa seria a 'messianização' do Jair Bolsonaro, porque, para Duda Lima [marqueteiro], ela rende votos", analisou Oyama.

No domingo (7), um discurso da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em um culto evangélico em Belo Horizonte (MG) chamou atenção. Ela, que tem estado cada vez mais presente na campanha à reeleição do presidente, disse que o Planalto já foi "consagrado a demônios".

"Podem me chamar de louca, podem me chamar de fanática, eu vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando", disse ela, ao lado do presidente Bolsonaro, na Igreja Batista Lagoinha, em um evento em comemoração ao Jubileu de Ouro do pastor Márcio Valadão.

Datafolha: Bolsonaro lidera entre evangélicos

Bolsonaro ampliou sua vantagem numérica sobre Lula entre os evangélicos, aponta pesquisa Datafolha divulgada em 29 de julho. Assim, escapa do empate técnico e lidera dentro desse segmento.

A diferença entre eles passou de 5 para 10 pontos percentuais no último mês: o atual mandatário oscilou positivamente de 40% para 43% das intenções de voto, enquanto o petista flutuou negativamente de 35% para 33%. As variações de ambos, porém, estão dentro da margem de erro para o grupo, de 3,9 pontos.

Entre os católicos, não houve diferença entre os dois últimos levantamentos. Lula continua liderando com mais que o dobro das intenções de voto (52%) sobre o principal rival (25%).

  • Assista à íntegra do podcast 'O Radar Das Eleições':