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Equipe da transição não deverá compor ministério de Lula, diz Randolfe

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) concede entrevista em Brasília  - Eduardo Militão/UOL
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) concede entrevista em Brasília Imagem: Eduardo Militão/UOL

Do UOL, em Brasília

07/11/2022 19h06Atualizada em 07/11/2022 20h19

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi coordenador de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou hoje acreditar que integrantes do governo de transição têm menos chances de compor o futuro ministério. "Será muito difícil. Acho pouco provável ", afirmou ele ao chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde funcionam os gabinetes do governo de transição.

"O grupo de transição é, sobretudo, mais técnico para juntar informações para subsidiar as decisões do presidente e do vice", afirmou. "Nenhum dos nomes que constam na transição, vinculadamente, vai assumir qualquer cargo no governo futuro. Isso foi deixado claro pelo presidente [eleito], pelo vice-presidente [eleito]."

A equipe técnica do governo de transição é composta por 50 pessoas. Por enquanto, só o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado no Diário Oficial, como coordenador. Randolfe afirmou que, atualmente, nenhum ministério está definido, como exceção do papel de Alckmin, como vice-presidente, e da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.

O senador foi questionado se o economista Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real, participaria da equipe de transição. Randolfe disse que não sabia, mas elogiou o ex-integrante do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). "É um nome que, com certeza, teria muito a contribuir."

Ministério será de "união nacional", afirma

Randolfe disse que o ministério de Lula vai atender às "razões técnicas" e à "pluralidade de forças políticas". Todos os 11 partidos que apoiaram a frente formada no primeiro e no segundo turno foram ouvidos, afirmou o senador.

A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), vai se reunir com outros partidos, como o MDB, do deputado Baleia Rossi (SP), e o PSD, do ex-ministro Gilberto Kassab. "É um governo de união nacional", disse.

O próprio Randolfe é cotado para ser ministro, mas afirma que cumprirá qualquer trabalho que Lula lhe der, no Executivo ou no Congresso. O senador teve uma conversa com Alckmin hoje para tratar do Orçamento para o ano que vem.

O vice-presidente está com Lula em São Paulo. Os dois chegam a Brasília na terça-feira (8), onde o presidente eleito se encontrará com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber. Possivelmente se reunirá ainda com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.

O chefe da segurança de Lula, o delegado da Polícia Federal Andrei Passos, esteve no CCBB hoje. Ele é cotado para chefiar a Polícia Federal no ano que vem.