Adrilles e outros bolsonaristas têm contas retidas no Twitter: 'Cerceados'
O ex-BBB e comentarista político Adrilles Jorge (PTB-SP), ex-candidato a deputado federal e aliado político do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve hoje a sua conta no Twitter retida por determinação da Justiça. Em vídeo, no Instagram, ele reclamou daquilo que chamou de "cerceamento" e de suposto "estado de censura no Brasil".
"Acabam de bloquear a minha conta no Twitter. Não sei por quê. E eu não conclamei ninguém a golpe nenhum. Eu sequer insuflei multidão. Eu não expus relatório de nenhum argentino. Eu simplesmente reclamei da falta de liberdade. Disse simplesmente que a gente podia estar em um estado de censura no Brasil", disse Adrilles, em vídeo publicado no Instagram. (Assista ao vídeo abaixo)
"Não sei de onde veio a censura, o bloqueio, o cerceamento da minha voz como de tantos outros que estão sendo cerceados", acrescentou.
Além de Adrilles, os deputados federais José Medeiros (PL-MT) —reeleito na última eleição com 4,75% dos votos válidos— e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) —eleito com 5,72% dos votos válidos— também tiveram os seus perfis suspensos. Os dois também fazem parte da base aliada de Bolsonaro e compartilharam imagens de bolsonaristas que protestam contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em alguns atos, apoiadores fazem o bloqueio de rodovias e chegam a pedir intervenção militar.
No Instagram, Medeiros informou sobre a suspensão do seu perfil e recorreu ao bilionário Elon Musk, novo dono do Twitter. "Elon Musk, onde você está?", escreveu ele, na legenda, em inglês. "A censura existe no Brasil. Querem calar os parlamentares e o povo brasileiro. O Estado Democrático está sob ataque", afirmou, em outro post.
O UOL procurou a rede social para saber o que motivou para a suspensão dos perfis bolsonaristas e aguarda o retorno.
Carla Zambelli na mira
Mais cedo, a rede social Gettr acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir acesso ao processo que determinou a exclusão do perfil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) da plataforma. O processo, movido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), está sob sigilo.
O site alega que "não se pode haver sigilo para quem é efetivamente legítimo interessado ou parte na causa" e que negar acesso aos documentos "inviabiliza até mesmo a escolha do mecanismo de defesa a ser utilizado".
A rede é popular entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O fundador e CEO, Jason Miller, é ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O tribunal determinou a exclusão de perfis da parlamentar da rede, assim como feito pelo Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, LinkedIn, YouTube, WhatsApp e Telegram. Na última terça-feira (1º), Zambelli teve os perfis suspensos.
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