Monark descobre no ar que seu canal foi suspenso e discute com Mamãe Falei
O influenciador digital Bruno Aiub, conhecido por Monark, discutiu ao vivo com o ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, após descobrir que teve seu canal do YouTube bloqueado nesta terça-feira (8) por uma decisão judicial, devido ao fato de ter replicado fake news sobre o processo eleitoral brasileiro.
Na ocasião, Monark entrevistava Mamãe Falei em seu podcast, quando foi informado que sua conta na plataforma de streaming foi desativada. O influenciador disse acreditar que a suspensão foi motivada por ter compartilhado a live do argentino Fernando Cerimedo, responsável pelo canal "La Derecha Diário", do YouTube, com mentiras sobre o resultado das eleições do país.
Monark: "Isso é por causa que eu divulguei a live do argentino lá, provavelmente".
Arthur do Val disse concordar com a decisão da Justiça: "Com certeza é por isso".
Monark: "O quê? É crime agora aparentemente divulgar o conteúdo e falar: 'olha isso aconteceu'. Você concorda com isso? Então você é um ditador".
Mamãe Falei argumentou que a live do argentino Cerimedo incita os brasileiros a "se rebelarem contra nossas instituições democráticas".
"Não [sou ditador]. A live do argentino é basicamente um atentado contra nossa democracia, ele está mentindo sobre o processo eleitoral, e você não pode fazer isso quando tem pessoas nas ruas quebrando as coisas e querendo matar as pessoas por causa disso".
Contrariado, Monark criticou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, a quem ele também classificou como "ditador".
Mamãe Falei: "Você, indiretamente, está mandando as pessoas se rebelarem contra nossas instituições democráticas e isso é crime. É justo que o argentino se ferre, você perder suas redes, não. Agora o que eu acho é que a live do argentino deve ser bloqueada, você perder suas redes não. A liberdade de expressão não pode ser usada para cometer crime."
A decisão da Justiça suspendeu apenas o canal do YouTube de Monark. O influenciador mantém ativo seus perfis em mídias como Twitter e Instagram.
Entenda. Em uma live, Fernando Cerimedo, que é apoiador declarado do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), disse, sem apresentar qualquer prova, que cinco modelos das urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para o candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esses modelos, diz o dossiê, não teriam sido submetidos a teste de segurança. Apenas a urna 2020 teria passado pelo crivo de peritos de universidades federais e das Forças Armadas. Essa informação é falsa porque todos os modelos da urna já tinham sido submetidos a teste.
De acordo com a Justiça Eleitoral, todos os modelos são colocados à prova antes do pleito —com testes transparentes e auditáveis por autoridades e partidos.
A reprodução da live —gravada na Argentina, segundo Cerimedo— fez com que o deputado bolsonarista eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) tivesse as contas do Twitter e do Instagram suspensas por divulgação de informações falsas.
Monark já defendeu criação de partido nazista. Em fevereiro deste ano, Monark causou polêmica ao defender a criação e legalização de um partido nazista no Brasil. À época, ele era um dos apresentadores do podcast Flow. Com a repercussão polêmica de sua fala, ele foi desligado do canal e se tornou alvo de um inquérito da Polícia Civil.
Posteriormente, o youtuber se retratou e justificou o comentário ao fato de que estava bêbado. Entretanto, quando depôs no 78º DP, na Consolação, em São Paulo, ele disse possuir "conhecimento superficial" sobre o nazismo.
O nazismo é uma ideologia da extrema direita responsável pela morte de milhões de judeus na Alemanha entre 1933, quando Adolf Hitler chegou ao poder, até 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
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