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Governo Bolsonaro entrega MEC como casa vazia e destruída, diz especialista

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/11/2022 20h58Atualizada em 09/11/2022 21h03

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) cortou grande parte dos investimentos previstos para a educação do Orçamento de 2023, segundo a presidente-executiva da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

"O governo Bolsonaro vai entregar a chave do Ministério da Educação com uma casa vazia, destruída e sem dinheiro", disse Priscila, em entrevista ao programa Análise da Notícia. "Quando analisamos a lei orçamentária, vimos que fizeram um corte de 95% nas políticas de desenvolvimento do ensino e de 96% nas políticas para educação infantil."

Segundo Priscila, os recursos que sobraram no MEC para serem usados na educação da primeira infância no próximo ano dá para construir somente uma creche.

"Esse é o dinheiro que o próximo governo vai receber. O trabalho que Alckmin e Lula estão fazendo para recompor o orçamento é muito importante porque a pandemia, com o governo Bolsonaro, fizeram uma tempestade na educação com um retrocesso gigantesco na aprendizagem e na evasão", afirmou a especialista.

Ontem, ela participou de uma reunião com representantes do governo eleito para discutir as políticas públicas prioritárias na área educacional.

"Na reunião, deram um tom de frente ampla, ou seja, não tem como reconstruir o Brasil com um partido ou uma visão apenas, vamos precisar de muita gente com várias visões. O Lula faz isso muito bem e Alckmin está com um bom protagonismo", contou Priscila.

Toledo: Militares não têm coragem de dizer que não acharam fraude em urnas

O relatório apresentado pelo Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas é um vexame para os militares brasileiros, segundo o colunista do UOL José Roberto de Toledo.

"O relatório não diz 'não achamos nenhum indício de fraude' porque eles não têm coragem de dizer. Mas o fato é que se tivesse qualquer indício de fraude, ia ser o título do relatório", afirmou Toledo. "O que eles estão dizendo é: 'não há nenhum indício de fraude, mas não podemos passar um atestado de idoneidade total às urnas e à Justiça Eleitoral porque se não vamos perder o emprego'", acrescentou.

O jornalista disse que faltou "hombridade" aos militares para reconhecerem a legitimidade do sistema eleitoral brasileira. "É uma vergonha. Eles passam um recibo de incompetência e estendem uma indecisão que só existe na cabeça do Bolsonaro", destacou Toledo.

Apesar de não atestar fraude, o documento produzido pelos militares faz uma série de sugestões de melhorias e também afirma que no caso do teste de biometria realizado neste pleito ainda há "lacunas" que não permitem atestar a sua eficiência.

O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa: