Filho de Sérgio Cabral é alvo de operação da PF; ex-governador passa mal
José Eduardo Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, é alvo de mandado de prisão da Operação Smoke Free, que mira a venda ilegal de cigarros. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
José Eduardo é dono da produtora ZC Entretenimento, de eventos, feiras e shows. De acordo com o ex-deputado federal Marco Antônio Cabral —irmão de José Eduardo— o ex-governador passou mal e desmaiou na prisão ao saber da operação policial contra o filho.
Segundo nota da Polícia Militar, responsável pelo Batalhão Especial Prisional, onde Sérgio Cabral está preso, ele "recebeu atendimento médico dentro da unidade prisional e seu estado de saúde é estável".
Outro alvo da operação seria Adilson Coutinho de Oliveira Filho, o Adilsinho, que em meio à pandemia de coronavírus, fez uma festa de luxo no Copacabana Palace para 500 pessoas e shows com cantores famosos.
Segundo a PF, a investigação começou em 2020 e identificou um grupo criminoso que falsificava a emissão de notas fiscais, além de transportar e vender cigarros oriundos de facções e milícias.
A quadrilha é responsável por um prejuízo à União estimado em cerca de R$ 2 bilhões.
Entre 2019 e 2022, os grupos fazia lavagem do dinheiro obtido ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular. A PF diz que a quadrilha ainda tinha uma célula paralela de segurança, coordenada por policial federal, policias militares e bombeiros.
Na operação de hoje, participaram 300 policiais federais que cumprem 27 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A PF também cumpre ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões.
Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias, entre outros.
Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Somadas, as penas chegam a 66 anos de prisão.
A ação é da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio e recebeu apoio da agência americana Homeland Security Investigations, que compartilhou informações e colaborou na operação.
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