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PF investiga suposto esquema de corrupção de R$ 500 mi; Romero Jucá é alvo

Do UOL, em São Paulo

23/11/2022 09h32Atualizada em 23/11/2022 14h51

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Imhotep contra um suposto esquema de corrupção de R$ 500 milhões em convênios de prefeituras do estado de Roraima com o governo federal entre 2012 e 2017.

Romero Jucá é um dos investigados, segundo a GloboNews. O UOL tenta contato com a assessoria de imprensa do ex-senador.

A PF diz que três empresas de engenharia pagavam propinas em contratos que seriam distribuídas ao ex-senador Jucá e a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes.

Ao todo, são 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal nos estados de Roraima, São Paulo e no Distrito Federal. Os principais crimes investigados são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A soma dos crimes pode ultrapassar 35 anos de prisão.

Entenda a operação. Segundo a PF, o inquérito foi instaurado após o TCU (Tribunal de Contas da União) identificar as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte no estado de Roraima.

As investigações encontraram indícios da existência de uma organização criminosa que fraudaria procedimentos para celebração de convênios com prefeituras no estado entre os anos de 2012 e 2017, principalmente com a cidade de Boa Vista.

Os recursos chegariam a Romero Jucá por meio de familiares e de empresas das quais são sócios e que, inicialmente, receberiam os valores. Para a PF, há indícios de que o ex-senador interferia em assuntos relacionados a convênios com aplicação de verba federal viabilizadas por ele.

Jucá também é acusado de "travar" verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas.

As empresas suspeitas de integrar o esquema seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período. A investigação da PF identificou ao menos R$ 15 milhões pagos a título de propina.

A operação Imhotep foi feita pela PF em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). O nome da operação faz alusão a Imhotep, que é reconhecido como um grande "engenheiro" do Egito antigo, a quem é atribuída a construção de várias obras faraônicas, como a Pirâmide de Djoser.

*Matéria em atualização