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Deputados bolsonaristas protocolam pedido contra usar máscara em aeroportos

Anvisa voltou a exigir o uso de máscaras em aeroportos brasileiros após três meses - Getty Images
Anvisa voltou a exigir o uso de máscaras em aeroportos brasileiros após três meses Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/11/2022 12h50Atualizada em 24/11/2022 13h03

Um grupo de deputados bolsonaristas protocolou hoje na Câmara um pedido para sustar a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que voltou a obrigar o uso de máscaras em aviões e aeroportos de todo o Brasil após aumento no número de casos de covid-19. A medida da agência reguladora começa a valer a partir desta sexta-feira (25).

A exigência da proteção havia caído em agosto deste ano. Na época, o diretor-presidente Antônio Barra Torres considerou haver um considerável "grau de conscientização vacinal" e boa aderência ao uso de máscara no Brasil, mesmo quando seu uso não é obrigatório.

O documento protocolado hoje na Casa é assinado pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Luiz Ovando (PP-MS).

Na resolução da Anvisa, o órgão afirma que o uso obrigatório de máscara é necessário para "conter a disseminação da doença na população que utiliza esses ambientes seja para trabalho ou para locomoção".

A agência diz que o esperado aumento do fluxo de viajantes que se deslocam pelos aeroportos nas férias escolares e festas de fim de ano pode agravar o cenário epidemiológico.

Segundo o diretor Alex Campos, que propôs a medida, "o uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença".

A Anvisa não permite o uso de qualquer máscara. Estão proibidas:

  • Máscaras de acrílico ou de plástico;
  • Máscaras com válvulas de expiração, incluindo as N95 e PFF2;
  • Lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional;
  • Protetor facial (face shield) isoladamente;
  • Máscaras de proteção de uso não profissional confeccionadas com apenas uma camada ou que não observem os requisitos mínimos previstos na ABNT PR 1002.

Média móvel de casos no Brasil ficou acima de 20 mil após 83 dias

Segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, a média móvel de casos de covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 20 mil após 83 dias nesta quarta-feira (23). O indicador marcou 20.175.

Ao todo, foram 27.171 novos casos conhecidos da doença ontem. Desde março de 2020 o país teve 35.121.301 testes positivos notificados.

A média móvel variou 244% em comparação com 14 dias atrás, e está em tendência de alta há 13 dias. Se o número fica acima de 15%, ele indica alta; abaixo de -15% significa queda. E entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.

O índice é calculado a partir da média de ocorrências dos últimos sete dias. Este indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Todas as regiões acompanham a tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (42%), Nordeste (367%), Norte (241%), Sudeste (354%) e Sul (444%).