Deputados Bia Kicis e Cabo Junio têm perfis suspensos no Twitter
Os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Cabo Junio Amaral (PL-MG) tiveram suas contas no Twitter suspensas hoje. Quando os perfis dos dois são acessados, mostram as mensagens "conta retida em resposta a uma demanda judicial".
No Instagram, Kicis disse ter sido informada de que "o Xandão mandou bloquear todas as minhas redes sociais" e que "logo mais tudo estará fora do ar". A deputada se refere ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Quando se censura Parlamentar não se trata apenas de censura (o que já é grave e inconstitucional), mas de interferência na própria atividade parlamentar, o que é um atentado a democracia e à separação dos Poderes", escreveu a deputada.
Em um vídeo ao lado do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), Bia Kicis também cobrou ações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar compartilhou o vídeo nas redes sociais e disse que a deputada era "mais uma vítima" do que chamou de "ditadura da toga".
"Pior do que uma censura, que já é gravíssima, é interferir no próprio Parlamento. Então, o próprio Supremo está interferindo na atividade do Parlamento. E isso é uma afronta à própria existência da República, uma afronta à democracia. Isso é seríssimo. Não existe democracia quando um ministro do Supremo pode calar uma parlamentar sem processo, sem nada", disse Bia Kicis.
Na mesma linha, Cabo Junio também informou a decisão de bloqueio e disse que "o justotalitarismo dominou". Segundo o parlamentar, não foram informados os motivos para o bloqueio. As outras redes dele seguem ativas.
O UOL entrou em contato com o Twitter para entender o motivo da suspensão, mas não houve resposta. A reportagem também questionou o STF sobre a suspensão da parlamentar. A nota será atualizada em caso de retornos.
Outros deputados também tiveram perfis suspensos. No início de novembro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também teve as contas retiradas do ar no Twitter, Instagram, YouTube, TikTok e LinkedIn. À época, a parlamentar afirmou, por meio de nota, que foi "censurada" pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após as eleições e que perdeu até o acesso aos aplicativos de mensagens Telegram e WhatsApp.
O mesmo aconteceu com o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve a conta do Twitter e Facebook suspensas. Aos 26 anos, o jovem bolsonarista foi o deputado federal mais votado em todo o país nas eleições de 2022 e quebrou o recorde de parlamentar com maior votação na história de Minas Gerais, com quase 1,5 milhão de votos.
O economista Marcos Cintra (União Brasil), ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke nas eleições deste ano, teve a conta no Twitter suspensa por "ordem judicial" devido à divulgação de informações falsas levantando suspeitas em relação às urnas eletrônicas.
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