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Conselho de Ética pauta ações contra Zambelli, Janones e Eduardo Bolsonaro

Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e André Janones (Avante-MG) - Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo e Josias Rodrigues/Divulgação
Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e André Janones (Avante-MG) Imagem: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo e Josias Rodrigues/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

06/12/2022 13h49

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve analisar hoje, a partir das 14h, representações contra os parlamentares Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro (ambos do PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), André Janones (Avante-MG), Kim Kataguiri (União Brasil-SP). As ações contra os deputados são por quebra de decoro parlamentar.

Os "líderes" em representações são Janones, Zambelli e Kicis, com duas para cada, seguidos por Bolsonaro e Kataguiri, com uma para cada. Outros deputados como Éder Mauro (PL-PA), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Wilson Santiago (Republicanos-PB) também terão representações analisadas na sessão de hoje.

Falta de quórum. As duas últimas sessões da comissão, realizadas nos dias 22 e 29 de novembro, não aconteceram devido à falta de quórum necessário para a análise dos pareceres.

O que há contra cada parlamentar?

Janones. O parlamentar é acusado pelo PP (Progressistas) e PL (Partido Liberal) de espalhar notícias falsas nas eleições deste ano. Na ação do PP, o deputado do Avante é acusado de realizar "publicações disseminando notícias falsas —as chamadas fake news— sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) em redes sociais, principalmente no Twitter e Facebook".

O argumento usado pelo PP é de que apoiadores do presidente já foram punidos por notícias falsas. "É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE pela divulgação de fake news e, em uma das postagens de Janones no Twitter, ele afirma estar combatendo o bolsonarismo de igual para igual".

Carla Zambelli. As duas ações contra a deputada são do PT (Partido dos Trabalhadores), uma por espalhar desinformação na pandemia de covid-19 e a outra por ter ofendido o senador petista Humberto Costa, o chamando de "vampirão", em uma postagem nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro. A representação contra o deputado é de autoria do PSB, PT, PDT, PSOL e PCdoB, após o parlamentar falar, em seu Twitter, que uma sessão da Câmara dos Deputados parecia a "Gaiola das Loucas". A ação considera que ele foi "preconceituoso e misógino".

Bia Kicis. Com duas representações, uma do PT e outra do PSOL, a parlamentar também terá seu caso analisado na sessão de hoje. Na ação petista, ela pode ser investigada por ter vazado o CPF, celular e e-mail dos médicos Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, durante uma audiência pública do Ministério da Saúde, que discutiu a vacinação de crianças.

Na ação do PSOL, o partido acusa a parlamentar de quebra de decoro parlamentar após postagens no Twitter sobre a morte do policial militar da Bahia, Wesley Soares. O PM foi morto por atiradores do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) depois de, num aparente surto psicótico, atirar para o alto e contra os colegas.

"Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal!".

Kataguiri. A representação contra o parlamentar é do PP, a fim de que Kim Kataguiri seja investigado após defender a existência de um partido nazista no Flow Podcast, em fevereiro deste ano.