Mesmo fora do governo, generais ministros ganharão salário de R$ 23 mil
Quando deixarem o governo em 1º de janeiro, os ministros generais deixarão de ganhar salários de mais de R$ 45 mil e receberão apenas a remuneração por serem militares da reserva, de mais de R$ 23 mil.
De acordo com o Portal da Transparência, em setembro, dado mais recente disponível, Luiz Eduardo Ramos ganhou R$ 23.206,58 por ser ministro da Secretaria-Geral do Governo, mais R$ 24.025,28 por ser general da reserva, totalizando R$ 47.231,86 —isso já considerados os descontos, como o IRRF (Imposto de Renda retido na fonte) e a Previdência.
No mesmo mês, Augusto Heleno ganhou R$ 23.154,45 por ser ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), mais R$ 23.334,80 da remuneração militar. Ao todo, são R$ 46.489,25 líquidos.
Outro general com um supersalário é o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que em setembro ganhou R$ 22.748,58 pelo trabalho civil, mais R$ 22.463,91 por ser da reserva das Forças Armadas.
Em tese, o salário máximo de um funcionário público não poderia exceder o de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 39.293,32. Entretanto, em maio de 2021, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou uma portaria permitindo que oficiais das Forças Armadas acumulassem os cargos, recebendo o teto da remuneração militar, mais o teto da remuneração civil.
O próprio presidente foi beneficiado pela norma, com o salário bruto dele subindo de R$ 39,3 mil para R$ 41,6 mil.
Fora do Palácio do Planalto, Bolsonaro deve ganhar ainda mais. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) concedeu aposentadoria parlamentar a Bolsonaro, que deve superar R$ 30 mil.
Isso mais a remuneração por ser capitão reformado do Exército, de R$ 11.945, mais o salário que irá receber do PL como presidente de honra, pode totalizar mais R$ 80 mil brutos por mês.
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