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Chico Alves: Diplomação de Lula significa fim da imunidade de Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

12/12/2022 14h11

Para o colunista do UOL Chico Alves, a tristeza do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem uma explicação: o fim de seu foro privilegiado. Com a diplomação de Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) prevista para logo mais, essa imunidade será do novo chefe do Executivo.

"A principal tristeza de Bolsonaro é a diplomação. A partir da diplomação, Lula passa a ter foro privilegiado", disse o colunista durante o UOL News.

Além da imunidade, Bolsonaro também sentirá falta de ser destaque na mídia, na avaliação de Chico Alves. "É disso que Bolsonaro vai sentir muita falta. Além de todo poder e influência que ele tem, esse destaque na mídia, a prerrogativa de falar bobagens e ter as redes nacionais de mídia ao seu dispor para falar as bobagens que quisesse, ele vai sentir muita falta do foro privilegiado porque ele tem muito a explicar à Justiça".

Tales: Lula pode seguir lista tríplice, mas não necessariamente 1º nome

O colunista Tales Faria afirmou ser provável que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) siga a lista tríplice para escolher o procurador-geral da República, mas não escolherá necessariamente o primeiro nome. Durante o UOL News, o colunista disse que "Lula aprendeu com isso".

Após "radicalizar" a escolha a partir da lista tríplice nos mandatos anteriores, Lula agora aprendeu como escolher, diz Faria. "O Lula passou a escolher o primeiro da lista tríplice seja ele quem fosse. Ele perdeu completamente o poder de avaliar quem é que vai dar menos trabalho ou mais trabalho para o governo. Daí surgiu toda história do Mensalão, Petrolão e Janot".

Apesar do primeiro nome ser de preferência dos procuradores e ser o mais indicado, isso implica riscos. "O mais provável é que ele realmente siga a sugestão da lista tríplice que tenha peso dentro da procuradoria, mas não necessariamente o primeiro nome", disse o colunista. "O primeiro nome é você abrir mão completamente do poder discricionário do presidente da República".

O colunista Chico Alves vai além e diz que o presidente que tem a prerrogativa da escolha. "Não necessariamente os procuradores vão escolher alguém melhor para o país. Não sei de onde se tira essa ideia de que uma corporação pode indicar qual dos seus é melhor para o país. O presidente da República foi eleito com 60 milhões de votos e ele tem essa prerrogativa de escolher".

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