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O que Lula fez no primeiro final de semana em Brasília depois de eleito?

Lula durante anúncio de ministros na última sexta (9), em Brasília - 9.dez.2022 - Pedro Ladeira/Folhapress
Lula durante anúncio de ministros na última sexta (9), em Brasília Imagem: 9.dez.2022 - Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em Brasília

12/12/2022 04h00

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dedicou o final de semana pré-diplomação a descanso e reuniões, com articulação política sobre a PEC da Transição e a composição do futuro governo, em Brasília.

Este foi o primeiro final de semana que o petista passa na capital federal desde que foi eleito, em 30 de outubro. Ele será diplomado presidente no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Alexandre de Moraes, na tarde de hoje.

No sábado (10), oficialmente, Lula descansou. Segundo assessoria e pessoas próximas, ele passou o dia no hotel em que está hospedado, o Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, sem receber visitas ou participar de reuniões.

Segundo aliados, Lula se resguardou porque teve uma semana corrida na capital, entre reuniões e articulações. O presidente eleito deverá ter um período ainda mais agitado nesta semana, com diplomação, mais anúncios de ministros e votação da PEC na Câmara.

No domingo (11), ele voltou às articulações. À tarde, se reuniu com o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), e, à noite, com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento no Congresso, e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) para tratar da PEC da Transição.

Aprovada pelo plenário do Senado na última quarta (7), a expectativa do governo eleito é que a medida, que amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos para bancar as parcelas de R$ 600 do Bolsa Família, siga o mesmo caminho na Câmara, sem alterações, entre amanhã (13) e quarta (14).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou a proposta na pauta a partir de hoje, mas alguns itens ainda devem ser debatidos. Como conseguir amplo apoio na Casa foi um dos temas debatidos pela cúpula do futuro governo nos últimos dias.

Ao final da noite de ontem, Lula debateu a composição ministerial. Sondado por vários partidos, em troca de apoio no Congresso —o que já incluiria a cúpula—, o presidente eleito tem de fazer uma matemática apurada para distribuir cargos.

Com cinco nomes anunciados na última sexta, a expectativa é que sejam entregues pelo menos dez na terça.

Participaram da reunião:

  • O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
  • O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT)
  • O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB)
  • A presidente petista Gleisi Hoffmann
  • O coordenador do plano de governo, Aloízio Mercadante (PT)

Xadrez político. Se cumprir as promessas de campanha —algo que está sendo repensado pelo futuro presidente— o novo governo terá pelo menos 33 pastas. Entre a composição, os partidos esperam:

  • 10 a 12 ministérios para a federação PT-PCdoB-PV
  • Até 10 para os partidos que compuseram aliança (PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir)
  • 3 ou 4 para o MDB
  • 3 para o PSD
  • 2 ou 3 para o União Brasil

Além de nomes que contemplem um corpo ministerial diverso.

Cotados. Lula já anunciou cinco futuros ministros na última sexta (9) e deverá anunciar entre 10 e 20 nesta semana —alguns nomes já estão certos, outros decididos nesta reunião e outros a cargo dos partidos.

  • Cantora e compositora Margareth Menezes no retorno do Ministério da Cultura
  • Senadora Simone Tebet (MDB-MS) no novo Ministério de Desenvolvimento Social
  • Deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) de volta ao Ministério do Meio Ambiente
  • Deputado Alexandre Padilha (PT-SP) de retorno a Secretaria de Relações Institucionais
  • Senador Carlos Fávaro (PSD-MT) no Ministério da Agricultura
  • Senador eleito Renan Filho (MDB-AL) no Ministério de Minas e Energia