Líder do PT na Câmara diz que PEC será aprovada: 'fizemos acordo político'

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), disse acreditar que a PEC da Transição será aprovada na Casa.

Em entrevista à CNN Brasil, ele disse que ontem foi feito um "acordo político" para o processo de votação.

Relacionadas

Bombig: Com PEC travada e clima de indefinição, Lula deverá negociar cargos

Deputado: PEC de Lula não foi pautada porque não tem voto para passar

Posts de Eduardo Bolsonaro e Hang foram 'machistas' com mulheres, diz juíza

Segundo o parlamentar, a reunião para o acordo envolveu líderes de "dezenas de partidos" para a votação ser iniciada na terça-feira (20). Lopes também disse que a proposta passará com poucas modificações.

Acredito que com alguma emenda supressiva, mas quase na sua totalidade. Tem um debate sobre os empréstimos internacionais que a Câmara se sentiu incomodada

Mesmo com essas alterações, o líder do partido diz que a PEC não voltará para o Senado, o que atrasaria ainda mais a aprovação. "Seria uma emenda supressiva ou uma emenda de redação, que será destacada. Só essa alteração volta para o Senado, o restante pode ser promulgado".

Ainda sim, ele acredita que "o mais importante" será aprovado. "Na minha opinião, vai garantir colocar alimento na mesa do povo brasileiro, as crianças na escola e garantir o tratamento do povo brasileiro no SUS".

Votação da PEC. Aprovada no Senado na semana passada, a PEC da Transição prevê o aumento no teto de gastos de R$ 168 bilhões por dois anos para pagar as parcelas de R$ 600 do Bolsa Família, com adicional de R$ 150 por criança abaixo de seis anos.

A proposta aguarda para ser votada na Câmara, mas ainda não conseguiu pela falta de votos necessários para aprovar o texto. Por se tratar de uma PEC, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, em uma votação de dois turnos.

Segundo aliados do relator, as contas feitas até o momento mostram que o texto que saiu do Senado tem apenas 200 votos. Se o texto for alterado, retornará ao Senado para mais uma análise. Caso seja mantido, vai à promulgação.