Deputado: PEC de Lula não foi pautada porque não tem voto para passar
O deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) disse hoje, em participação no UOL News, que a PEC da Transição não foi pautada porque, na avaliação dele, não tem a quantidade necessária de votos para ser aprovada na Câmara dos Deputados.
"O texto aprovado pelo Senado não foi discutido antes nem combinado com os líderes e com os presidentes da Câmara e do Senado, para que a proposta, quando fosse posta em votação no Senado, já tivesse também com as críticas e alterações que eventualmente pudessem ser feitas pela Câmara", disse o congressista.
Aliados de Lira falam em reduzir o valor extra para algo entre R$ 115 bilhões e R$ 125 bilhões. Se a mudança for feita, a PEC precisaria passar por nova votação no Senado - o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que poderia convocar os senadores para analisar novamente o texto.
As negociações em torno da PEC, que eleva o teto e libera R$ 168 bilhões em despesas ao novo governo, patinam na Câmara dos Deputados em meio a disputas por ministérios e a incertezas sobre o futuro das emendas de relator após julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).
O texto deve ser votado na terça-feira (20) —um dia depois de quando se espera um veredito final da Corte sobre as emendas parlamentares. A análise do tema foi suspensa na quinta-feira (15). Ao anunciar o acordo para votação na terça, Lira disse que a intenção é assegurar o número necessário de votos para aprovação.
Bombig: Benefício de Lira a Bolsonaro é gesto político
O colunista do UOL Alberto Bombig classificou hoje como "um gesto político" a aposentadoria parlamentar concedida por Lira ao presidente Jair Bolsonaro (PL), 67 anos, por tempo de trabalho.
"É para garantir a Bolsonaro um rendimento fora da Presidência, e sem mandato ao menos nos próximos dois anos. Arthur Lira foi bastante aliado de Bolsonaro, como uma espécie de primeiro-ministro", observou o jornalista.
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