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TCU define relator para investigar viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos

Bolsonaro com apoiadores em frente à casa onde se hospedou, em Orlando - UOL
Bolsonaro com apoiadores em frente à casa onde se hospedou, em Orlando Imagem: UOL

Do UOL*, em São Paulo

03/01/2023 18h52Atualizada em 03/01/2023 19h10

O TCU (Tribunal de Contas da União) escolheu o ministro Walton Alencar Rodrigues, que tem boas relações com Jair Bolsonaro, como relator do pedido de investigação da viagem do ex-presidente a Orlando, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo UOL.

  • Rodrigues foi quem recomendou o nome de Tarcísio Gomes de Freitas a Bolsonaro, na transição de 2018. Nomeado ministro da Infraestrutura na ocasião, Tarcísio é hoje governador de São Paulo.
  • Em 2019, o Estadão Conteúdo noticiou que Rodrigues atuava nos bastidores para emplacar a magistrada Isabel Gallotti, com quem é casado, em uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

É Rodrigues quem decidirá se a investigação do caso prosseguirá no Tribunal ou se o pedido do parlamentar será arquivado.

Bolsonaro deixou o país na sexta-feira (30), em seu penúltimo dia de mandato. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse no domingo (1º).

O pedido para investigação da viagem do ex-presente foi feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) na última semana. O parlamentar alegou "indícios de desvio de finalidade e má administração dos recursos públicos no custeio da viagem" do ex-presidente.

"[No dia da viagem faltavam] menos de 48 horas para o fim mandato, portanto o uso de milhões oriundos do erário em uma viagem obscura atenta contra o interesse público, que é o pressuposto de validade para emprego das verbas públicas.
Deputado Elias Vaz em representação ao TCU

O que o parlamentar pediu na representação?

  • Que o TCU instaure procedimento de apuração dos fatos;
  • Que Bolsonaro explique ao TCU as motivações da viagem;
  • E, caso seja comprovado que a viagem se deu por questões pessoais, que Bolsonaro devolva os recursos empregados pelo Estado brasileiro aos cofres públicos.

Na última semana, a reportagem do UOL procurou o governo Bolsonaro, por meio da Secom (Secretaria de Comunicação), para se pronunciar sobre o pedido, mas ainda não obteve retorno.

*Com Estadão Conteúdo