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CPI é urgente para investigar quem financiou atos, diz presidente do PSOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/01/2023 09h09Atualizada em 09/01/2023 12h33

Brasília viveu um domingo de caos. Terroristas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal). Cerca de três horas após os atos, o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro. O mandatário também prometeu punições severas aos participantes, financiadores e autoridades envolvidos na invasão.

O UOL News - Manhã desta segunda repercutiu as cenas caóticas ocorridas na capital do país e os seus desdobramentos políticos, como o afastamento de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, por 90 dias. Em participação no programa, Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL propôs a criação de uma CPI para investigar quem está financiando os atos golpistas.

É fundamental iniciar um processo de investigação na Câmara Legislativa do DF e no Congresso Nacional. Estamos propondo uma CPI urgente para ver quem está financiando e que autoridades, no âmbito federal e distrital, estão por trás destes atos e permitindo que eles ocorram. Também estamos defendendo que os setores democráticos da sociedade civil voltem a expressar sua indignação a essa ofensiva golpista. Juliano de Medeiros, presidente nacional do PSOL

Houve excesso de confiança do governo nas instituições do DF, diz presidente do PSOL

Medeiros também criticou a ação dos agentes de segurança do Distrito Federal durante os atos terroristas. O presidente nacional do PSOL, porém, destacou que o governo federal falhou ao confiar na capacidade das lideranças do DF em manter a ordem.

Houve pelo menos excesso de confiança por parte do governo nas instituições do DF, de que as forças de lá cumpririam com o combinado. Ontem, o governo eleito completou uma semana de posse e não tenho informações se o Gabinete de Segurança Institucional está completamente montado. Os bolsonaristas aproveitaram um certo momento de desestruturação das forças federais. Juliano de Medeiros, presidente do PSOL

Maierovitch: Se houve conivência de Ibaneis, ele pode sofrer impeachment

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal por 90 dias. Wálter Maierovitch, colunista do UOL, criticou a ação de Ibaneis e reforçou que ele pode ser afastado definitivamente do cargo caso seja comprovada sua omissão no combate aos atos terroristas.

Ele [Ibaneis] pode estar comprometido até a raiz do cabelo. O que se viu ontem passa de todos os limites da inércia e da incompetência. Todos os indicativos apontam para uma conivência. Se esta conivência ocorreu, ele não pode continuar como governador Wálter Maierovitch, colunista do UOL.

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