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Barroso ironiza erro gramatical em pichação de golpistas: 'É de lascar'

Ministro Luís Roberto Barroso ironiza erro gramatical em pichação de golpistas - Reprodução e Antonio Augusto/TSE
Ministro Luís Roberto Barroso ironiza erro gramatical em pichação de golpistas Imagem: Reprodução e Antonio Augusto/TSE

Do UOL, em São Paulo

10/01/2023 10h32Atualizada em 10/01/2023 10h34

Em entrevista a jornalistas, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), ironizou a pichação "Perdel, mané" que aparece em um dos prédios invadidos por bolsonaristas em Brasília.

A pichação é uma referência a uma frase dita por Barroso a um bolsonarista que o provocou após Jair Bolsonaro (PL) perder o segundo turno das eleições para o presidente Lula (PT).

Em vídeo que circula nas redes sociais, um jornalista pergunta se Barroso se arrepende da frase. O ministro ironiza: "Eu me arrependo porque tem um 'Perdeu, mané' com L ali. Isso sim é de lascar".

A frase virou meme entre os internautas e uma música do compositor Juliano Maderada, do hit "Tá na hora do Jair já ir embora".

No domingo (8), bolsonaristas golpistas invadiram e depredaram as sedes dos 3 Poderes em Brasília. Eles repetem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para alegar fraude das eleições, além de defender pautas golpistas, como intervenção militar, e pressionam pela saída do presidente Lula (PT).

Barroso diz não se arrepender da frase

Em entrevista à GloboNews em novembro, o ministro Barroso disse não se arrepender de ter dito "perdeu, mané, não amola" para um bolsonarista, mas lamenta o ocorrido.

"Eu sou uma pessoa meio zen assim. Eu sou altamente espiritualizado, medito todos os dias, algumas vezes por dia. O problema é que nas raras vezes em que eu perco a cabeça, sai em rede nacional. Foi um momento raro, eu diria, na minha vida, de uma certa exasperação e eu falei a linguagem das pessoas que estavam lá. Perdeu, mané. Não amola."

Eu lamento, para falar a verdade, que tenha acontecido. Eu me arrependo, não, mas lamento que tenha acontecido. Luís Roberto Barroso, ministro do STF

Relembre a invasão ao Congresso, Planalto e STF

Um grupo de milhares de bolsonaristas extremistas que marchavam pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais, invadiu e depredou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF no último domingo (8).

Os golpistas atacaram primeiro o prédio do Congresso. Eles enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa do Congresso e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas.

Eles também quebraram a vidraça do Salão Nobre do prédio e conseguiram entrar no Congresso Nacional, apesar de enfrentarem resistência da Polícia Legislativa.

Após a tomada do Congresso, um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, e entrou no prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.

Os manifestantes conseguiram subir a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial há uma semana. Lula não estava em Brasília. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.