Câmera flagrou bolsonaristas radicais colocando bomba em caminhão no DF
Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar que dois dos três homens acusados de planejar e tentar executar explosão de uma bomba em um caminhão com querosene no DF foram os responsáveis por plantar o artefato no local. Imagens do próprio veículo gravaram o momento no qual Wellington e Alan passam de carro.
De acordo com informações do Fantástico, da TV Globo, o monitoramento da tornozeleira eletrônica de Wellington Macedo de Souza permitiu à polícia refazer os passos deles na véspera de Natal do ano passado. O suspeito já cumpria prisão domiciliar porque era investigado por incentivar atos antidemocráticos em setembro de 2021.
"Algumas pessoas ali se achavam inatingíveis, protegidas naquele acampamento. Talvez, por isso, ele [Wellington] tenha tido essa audácia de colocar a bomba", disse o delegado Leonardo de Castro Cardoso.
Segundo a investigação, Alan recebeu a bomba de George no acampamento em frente ao Exército, em Brasília. Wellington, então, o levou de carro até o local do atentado, nas proximidades do Aeroporto, onde Alan colocou a bomba na traseira esquerda do caminhão.
Um tempo depois, o motorista do veículo chega e faz uma verificação - momento no qual identifica a caixa com o explosivo e aciona a polícia.
Hoje, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou os trêos homens réus. A decisão foi publicada na terça-feira passada (10), mas só se tornou pública após o magistrado levantar o sigilo do processo na sexta-feira (13).
Quem são os 3 réus
- George Washington de Oliveira Souza
- Alan Diego dos Santos
- Wellington Macedo de Souza
Trio tentou acionar bomba, sem sucesso. A investigação também mostrou que a bomba foi acionada, mas não funcionou por um erro técnico na montagem. A estimativa dos peritos é de que, se tivesse funcionado, além do incêndio, a bomba causaria a explosão do tanque de combustível.
George Washington de Oliveira Souza foi preso logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano, disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.
Wellington Macedo de Souza também já foi preso. O único foragido é Alan Diego dos Santos, que também é suspeito de liderar os ataques à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro.
Os três vão responder pelo crime de explosão. Segundo o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.
Os réus também respondem a processos relacionados ao crime de terrorismo, mas este caso tramita na Justiça Federal.
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