Líder de ato golpista que pediu gratuidade à Justiça ostenta vida de luxo
O empresário Esdras Jonatas dos Santos pediu acesso à Justiça gratuita, alegando não ter dinheiro, ao entrar com uma ação para obstruir uma avenida pública e realizar um ato antidemocrático em Belo Horizonte. Nas redes sociais, no entanto, o bolsonarista ostenta viagens e carros de luxo.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou o cancelamento do passaporte de Santos, "investigado por liderar movimentos antidemocráticos". A medida foi decretada em razão da notícia de que ele teria se "evadido do território nacional".
Nas redes sociais, Santos tem diversas fotos de viagens e até do lado de uma aeronave.
- Ele foi ao ato antidemocrático em Belo Horizonte dirigindo um Porsche;
- A diária mais barata de um hotel em que ele se hospedou em Tulum, no México, custa US$ 589 (cerca de R$ 3 mil). Já o local escolhido por ele para ficar no Rio custa no mínimo R$ 3.048 por dia;
- Também há fotos do bolsonarista em Miami, na Disney, em Paris, na Costa do Sauípe (BA) e em Trancoso (BA).
Em 6 de janeiro, ele entrou com uma ação na Justiça pedindo autorização para voltar ao acampamento em frente ao Comando do Exército, desmantelado pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Ele pediu gratuidade judiciária e alegou não ter "condições de arcar com as despesas processuais sem obter prejuízo de seu próprio sustento e de sua família".
Um juiz de plantão concedeu a ele o direito de retornar ao acampamento e aceitou o pedido de gratuidade —deu cinco dias úteis para o empresário apresentar sua última declaração de Imposto de Renda.
No dia seguinte, Moraes derrubou a decisão —além do desmonte do acampamento, ele determinou a imposição de multa de R$ 100 mil a Santos.
O UOL procurou o bolsonarista pelas redes sociais, mas não teve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
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