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Bolsonaro posta e apaga vídeo com fake news questionando eleição de Lula

Do UOL, em São Paulo

11/01/2023 02h16Atualizada em 11/01/2023 08h36

O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou, na noite de ontem (10), uma postagem mentirosa em que diz que Lula não foi eleito pelo povo, e sim escolhido pelo serviço eleitoral junto a ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A publicação viralizou rapidamente nas redes sociais e foi apagada pouco depois.

O post era trecho de uma entrevista de Felipe Gimenez, procurador do estado do Mato Grosso do Sul, apoiador declarado de Bolsonaro, alegando que não houve transparência na apuração das urnas eletrônicas e que não é possível ver a contagem dos votos. O que não é verdade.

Também é questionada a credibilidade das urnas eletrônicas eleitorais e dito que o código fonte não pode ser verificado, além de ser defendido o uso de voto impresso.

  • Lula foi eleito de forma legitima com 60.345.999 de votos (50,9% dos votos válidos), contra os 58.206.354 de Bolsonaro (49,1%);
  • As urnas eletrônicas eleitorais são seguras e todas passaram por auditorias;
  • Nunca houve registro de fraude eleitoral desde a adoção do voto eletrônico, em 1996.
Jair Bolsonaro compartilha e apaga vídeo com fake news questionando eleição de Lula - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Jair Bolsonaro compartilha e apaga vídeo com fake news questionando eleição de Lula
Imagem: Reprodução/Facebook

Bolsonaro viajou para os Estados Unidos faltando dois dias para concluir seu mandato e não entregou a faixa presidencial a Lula.

Ontem ele deixou o hospital AdventHealth Celebration, em Orlando. Segundo interlocutores do político consultados pelo UOL, ele planeja antecipar o retorno ao Brasil.

O ex-presidente responde a dois inquéritos no STF por mentiras contadas ao longo de quatro anos de mandato, um deles por informações falsas sobre o processo eleitoral.

  • Bolsonaro chamou o voto eletrônico de "porcaria" e defendeu o voto impresso (leia a checagem aqui);
  • Repetiu diversas vezes a mentira de que o processo eletrônico de votação não é auditável (veja aqui como foi a auditoria da eleição de 2022) e é "fraudável" (aqui);
  • Insinuou que a invasão ocorrida em sistemas do TSE em 2018 indicaria a existência de fraude eleitoral (aqui);
  • Afirmou que a contagem de voto é feita por "meia dúzia" de pessoas em uma "sala fechada" (aqui);
  • Fez acusações de fraudes em eleições passadas sem apresentar qualquer prova de suas alegações (aqui e aqui).