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MPF finaliza audiências de custódia de golpista presos; 1.410 foram ouvidos

8.jan.2023 - Terroristas geram caos em Brasília com invasão do STF, Congresso e Palácio do Planalto - Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
8.jan.2023 - Terroristas geram caos em Brasília com invasão do STF, Congresso e Palácio do Planalto Imagem: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Vinícius Nunes

Colaboração para o UOL, em Brasília

18/01/2023 18h13Atualizada em 18/01/2023 18h13

O MPF (Ministério Público Federal) finalizou as audiências de custódia de 1.410 pessoas suspeitas de participar dos atos golpistas e de vandalismo em Brasília em 8 de janeiro.

Do total, os promotores e procuradores enviaram 1.408 pedidos ao STF (Supremo Tribunal Federal), entre prisões preventivas, liberdade provisória com cautelares e relaxamento de prisão.

Agora, o STF que dará continuidade aos processos. O inquérito que investiga o ato golpista em Brasília está a cargo do ministro Alexandre de Moraes.

Os números são diferentes dos que o gabinete do ministro divulgou mais cedo, pois a contagem inclui as audiências realizadas também pelo Supremo.

Desde que os golpistas foram detidos, 106 procuradores da República e 103 servidores do MPF foram mobilizados para realizar as audiências de custódia. Para dar celeridade ao processo, muitas das sessões foram feitas de modo on-line.

Foram 728 pedidos de conversão em prisões preventivas, 289 de liberdade provisória com imposição de medidas cautelares diversas e 14 de relaxamento de prisão.

Desse total, o ministro Alexandre de Moraes transformou 140 prisões temporárias em preventivas e liberou 60 pessoas envolvidas nos atos golpistas.

A expectativa é que a análise de todos os casos seja concluída até sexta-feira (20).

Em nota, o gabinete de Alexandre de Moraes afirmou que, na conversão das prisões, ele apontou evidências dos seguintes crimes:

  • Atos terroristas, inclusive preparatórios
  • Associação criminosa
  • Abolição violenta do estado democrático de direito
  • Golpe de estado
  • Ameaça
  • Perseguição
  • Incitação ao crime.